De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a cada 100 mil mulheres, 61,61 podem ser acometidas pelo câncer de mama, e 15,38 delas podem desenvolver o câncer de colo do útero.

E por isso, a prevenção é o melhor caminho:

É importante sempre manter os exames em dia para que, caso detectado, seja feito com antecedência.

O câncer de mama é o mais comum entre mulheres no mundo e, se detectado na fase inicial, a chance de cura pode chegar a 90%, enquanto o de colo do útero, também quando descoberto precocemente, as chances são de 95%. 

Ou seja, quanto mais cedo falarmos sobre eles, mais a prevenção vira uma rotina de autocuidado e autoconhecimento.

Você já parou para pensar quais são os fatores que aumentam o risco do desenvolvimento de câncer de mama? Aqui nós te contamos alguns deles, veja:

✔ Ficar mais tempo exposta ao estrogênio, que ocorre quando: a primeira menstruação acontece antes dos 12 anos; a menopausa é tardia (após os 55 anos); a primeira gravidez acontece após os 30 anos ou se a mulher não tiver filhos.

✔ A obesidade e o sobrepeso após a menopausa, além do sedentarismo e consumo de bebida alcoólica também aumentam as chances de câncer de mama.

E o que é importante fazer para se prevenir do câncer de mama?

Falar em prevenção significa também lembrar que devemos evitar alguns fatores que podem aumentar os riscos de as mulheres terem câncer de mama. Como falamos aqui em cima, o câncer de mama tem múltiplas causas. Enquanto os fatores genéticos/hereditários, por exemplo, não podem ser modificados, é possível atuar sobre os fatores ambientais e comportamentais.

Confira algumas dicas de prevenção:

✔ Limite no consumo de álcool

✔ Controle de peso
Pessoas com sobrepeso ou obesas apresentam maior risco de câncer de mama, especialmente após a menopausa, quando a maior parte do estrogênio feminino vem do tecido adiposo. (Isso leva a níveis mais altos de estrogênio, que podem causar câncer de mama.

✔ Alimentação saudável
Procure comer 5 porções de vegetais e 2 frutas por dia. Procure fontes de proteína magras e evite alimentos processados.

✔ Exercício
A inatividade pode aumentar o risco de câncer. A cada semana, faça 150 minutos de exercícios moderados (50% a 70% da frequência cardíaca máxima) ou 75 minutos de exercícios vigorosos (70% a 85% da frequência cardíaca máxima).

✔ Amamentação
Estudos têm demonstrado que a amamentação, especialmente por mais de 18 meses, pode reduzir o risco de câncer de mama

E não se esqueça de manter os seus exames em dia, quanto antes o câncer é descoberto, maiores são as chances de cura.

Existe uma idade em que há maior incidência do câncer de mama?        

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de mama costuma ser raro antes dos 35 anos, mas sua incidência cresce progressivamente, com ênfase depois dos 50 anos.

Apesar de não ser um tema muito discutido, vale chamar a atenção para o aumento nos casos de câncer de mama em mulheres acima de 70 anos, pois metade das pacientes desenvolve a doença em estágios mais avançados.

Isso ocorre principalmente pelo atraso no diagnóstico e omissão de tratamentos. De modo geral, as mulheres acima dos 60 anos não costumam fazer mamografias como rotina e não reportam sintomas mamários, como nódulos. Esse descuido faz com que grande parte dos tumores só seja diagnosticada em estágios críticos.

Nessa faixa etária, é fundamental uma avaliação geriátrica que considere a saúde física atual da paciente.

O câncer de mama tem cura e ela deve estar disponível para todas as mulheres, seja de qual idade ela for.

Como a genética pode ajudar?

Os fatores hereditários podem contribuir para o desenvolvimento da condição clínica e embora o câncer derive de mutações genéticas, somente cerca de 5 a 10% das neoplasias têm origem hereditária.
 
Os genes BRCA1 e BRCA2 são classificados como supressores tumorais, regulando o ciclo celular, reparando danos ao DNA e impedindo uma multiplicação descontrolada de células com DNA danificado. Mutações nesses genes estão associadas a uma maior predisposição para o desenvolvimento do câncer de mama e podem ser transmitidas hereditariamente.

E por isso, uma das estratégias de prevenção é a realização de testes genéticos que analisam o DNA, buscando identificar as alterações nos genes que são mais relacionadas ao desenvolvimento de câncer hereditário. 

O painel somático é um dos principais exames e é responsável por analisar as mutações somáticas dos genes BRCA1, BRCA2, AKT1, ERBB2, ESR1 e PIK3CA, mutações essas que podem causar a doença e que podem auxiliar o diagnóstico e estabelecer prognósticos, contribuindo para que a escolha terapêutica a ser utilizada seja personalizada. 

Esses e outros exames ajudam a predizer o risco de desenvolver a doença, planejar estratégias de prevenção, estimar risco de doenças na família, bem como podem auxiliar você e seu médico a escolherem tratamentos mais personalizados.

E o que dizer sobre os métodos de proteção da fertilidade feminina em pacientes oncológicas?

O cuidado com a fertilidade é assunto que merece atenção especial, já que as mulheres que forem diagnosticadas com a doença e que estejam em idade reprodutiva podem ter a sua fertilidade comprometida.

Existem alguns métodos de proteção da fertilidade feminina com base no tratamento oncológico, são eles:

✔Criopreservação de embriões: método de escolha para mulheres com parceiro definido ou que desejam usar banco de sêmen. Envolve estímulo ovariano por cerca de 10 dias, captação de óvulos e cultivo embrionário por até 7 dias. As taxas de nascido-vivo por transferência de embrião em mulheres até 35 anos chegam a quase 50%, diminuindo de acordo com o avanço da idade da mulher devido à qualidade oocitária.

✔Criopreservação de óvulos: o refinamento da técnica de vitrificação de óvulos permitiu nos últimos anos uma melhora tanto nas taxas de sobrevivência após o aquecimento quanto nas taxas de gravidez, em especial em mulheres abaixo dos 35 anos (acima de 35% de nascidos-vivos). Técnica considerada ideal para mulheres ainda sem parceiros. A forma de estimular os ovários, seja para formação de embriões ou para crio de óvulos, pode ser modificado de acordo com o tipo de tumor e o quanto ele é dependente ou não do estrogênio. Em casos em que não se pode aguardar mais do que 2 semanas para o início do tratamento, inicia-se a estimulação em qualquer dia do ciclo menstrual (random start). Caso contrário, pode-se aguardar o início da menstruação para a realização do protocolo convencional, no início da fase folicular.

✔ Congelamento de tecido ovariano: até pouco tempo atrás considerado experimental, hoje é tido como uma técnica afirmada e a única alternativa para mulheres pré-púberas ou aquelas que não possam ser submetidas ao estímulo ovariano. Taxas de nascidos-vivos com essa técnica já alcançam níveis superiores a 25% após o enxerto do córtex ovariano. 

Ainda sobre congelamento de tecido ovariano: O risco de recontaminação por determinados tipos de células tumorais no córtex ovariano existe e, dessa forma, a recuperação de óvulos imaturos e sua maturação in vitro com subsequente criopreservação de embriões e óvulos pode ser uma alternativa excelente para casos específicos.

Caso a paciente tenha interesse na preservação da sua fertilidade futura, deverá ser encaminhada ao especialista em Medicina Reprodutiva antes de iniciar o tratamento oncológico. 

Além do câncer de mama, precisamos falar sobre o câncer de colo do útero?  
HPV é a sigla para um vírus denominado papiloma vírus humano. Existem mais de 150 tipos de HPV e alguns deles, chamados de alto risco oncogênico, podem causar lesões pré-neoplásicas e câncer, inclusive o de colo do útero, que é a região inferior do útero e se localiza no fundo da vagina.

A fase de pré-câncer ou de câncer inicial geralmente não causa sintomas, por isso, é importante realizar a prevenção por meio da coleta do Papanicolau, e também pela vacina contra o HPV.

Em mulheres, a vacinação pode ser feita entre os 9 e 45 anos, e nos homens dos 9 aos 26 anos. O ciclo consiste em 3 doses, tomadas com intervalos específicos. Assim, você garante a sua imunização e pode prevenir, além de verrugas genitais e o câncer de colo de útero, os cânceres de vulva, vagina e ânus.

A vacina contra o HPV é segura e os estudos mostram mais de 70% de eficácia na prevenção de lesões precursoras e de câncer.

Você sabia que o Fleury tem espaços e atendimento exclusivos para as mulheres?

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Entenda o papel do Check-up na prevenção não só do câncer de mama mas também de outras doenças:

Para manter a saúde em dia é imprescindível a realização de consultas médicas regulares e de Check-ups, em todas as fases da vida, principalmente se houver histórico de câncer na família, momento no qual os cuidados com a saúde devem ser redobrados.

Exame ginecológico e o Papanicolaou:

Realizado por médico, o exame ginecológico inclui a avaliação das mamas e o exame físico da pelve e da genitália. Durante essa avaliação é possível realizar a coleta do Papanicolaou ou colpocitologia oncótica cervical, exame que auxilia a detecção de alterações nas células do colo do útero (o chamado exame preventivo do câncer de colo do útero).

Mamografia:

A mamografia é a principal forma de detecção precoce (prevenção) do câncer de mama na atualidade. A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) recomenda a mamografia de rastreamento anual a partir dos 40 anos para mulheres de risco habitual e a partir dos 30 anos para mulheres de alto risco, como história familiar de câncer de mama. às vezes, necessita ser complementada com ultrassonografia das mamas.

Outros exames que podem ser solicitados:

A necessidade pode variar de acordo com a idade e os fatores de risco individuais!

Exames de Sangue:

Exames de sangue como hemograma completo, perfil lipídico (para verificar os níveis de colesterol), glicose e exames de função hepática e renal são importantes para monitorar a saúde geral.

Rastreamento de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs):

As ISTs podem ser causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos, cuja transmissão se dá principalmente por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de preservativo, com uma pessoa que esteja infectada. São exemplos de ISTs: herpes, papiloma vírus humano (HPV) e sífilis, entre outros.

A realização de testes regulares para essas doenças dependerá da atividade sexual e dos fatores de risco individuais.

Densidade Óssea (Densitometria Óssea):

A densitometria óssea permite o diagnóstico da osteoporose, a avaliação do risco de fratura e o controle terapêutico da osteoporose. Ela fornece a medida quantitativa da perda de massa óssea nas regiões do fêmur e da coluna lombar e não é invasiva ou dolorosa.

Avaliação da saúde mental:

A saúde mental não deve ser negligenciada. Consultar um profissional especializado pode ser necessário para avaliar e tratar questões emocionais e de saúde mental. O autocuidado emocional é fundamental para o bem-estar geral da saúde.

O Outubro Rosa nos lembra a importância da prevenção e conscientização sobre o câncer de mama. Mas, para além deste mês tão importante, cuidar da saúde é uma ação que deve acontecer o ano inteiro.

Realize os seus exames preventivos e conte sempre com o Fleury!