A ecoendoscopia no controle da dor relacionada à neoplasia de pâncreas

Os avanços da ecoendoscopia contribuem para o tratamento paliativo do câncer de pâncreas

Os avanços da ecoendoscopia contribuem para o tratamento paliativo do câncer de pâncreas. Como em outras neoplasias retroperitoneais, a dor relacionada à doença – relatada por mais de 75% dos pacientes no momento do diagnóstico – é de difícil controle, visto que esse sintoma muitas vezes responde pouco à administração oral ou transdérmica de analgésicos.

Uma alternativa para controlar essa manifestação é a ablação do plexo celíaco, um conjunto de fibras neurais próximo à aorta e ao tronco arterial celíaco que recebe fibras nociceptivas provenientes do pâncreas. Com uma injeção transgástrica de álcool absoluto, pode-se realizar a neurólise do plexo celíaco por via endoscópica.

O método proporciona a melhora total ou parcial da dor em 63% a 73% dos pacientes tratados e apresenta menor custo do que a via cirúrgica. Complicações podem ocorrer em 5% a 15% dos casos, sendo a hipotensão, a dor local e a diarreia as mais frequentes, mas geralmente transitórias. Outras, mais raras, incluem isquemia mesentérica, gastroparesia e abscesso retroperitoneal.