Viroses respiratórias na infância

As infecções respiratórias agudas (IRAs) são a maiores causas de doenças infecciosas agudas.

As infecções respiratórias agudas (IRAs) são a maiores causas de doenças infecciosas agudas na infância e contribuem como importantes fatores de morbidade e mortalidade nos cinco primeiros anos de vida, sobretudo quando ocorrem em crianças portadoras de fatores de risco como prematuridade, pneumopatias crônicas, imunodeficiências e cardiopatias congênitas.

Estima-se que, nessa faixa etária, a incidência das IRAs de etiologia viral seja de uma infecção a cada dois meses e que cerca de 30% a 50% das consultas em serviços ambulatoriais de Pediatria sejam motivadas por essas ocorrências. Os principais agentes causadores das IRAs são os vírus, destacando-se o sincicial respiratório, o influenza e o parainfluenza tipo 3.

Estudos recentes têm discutido a importância de outros vírus, tais como o rinovírus, o metapneumovírus e o bocavírus. Até os 2 anos de idade, todas as crianças terão pelo menos uma infecção pelo vírus parainfluenza e/ou vírus sincicial respiratório, o agente etiológico mais importante das infecções respiratórias graves da infância e o maior causador das bronquiolites infantis.

Pelos fatos descritos, concluímos que os testes diagnósticos rápidos se impõem como importante recurso para o pediatra, proporcionando não somente a segurança na condução clínica dos pacientes, como também a possibilidade da instituição precoce de medidas profiláticas. Atualmente, o principal recurso para detectar as viroses respiratórias é o exame da secreção respiratória pela técnica de imunofluorescência. Além de proporcionar o diagnóstico dos agentes virais mais relevantes, esse teste tem a vantagem de oferecer uma coleta rápida e indolor e a liberação do resultado em poucas horas.