Algoritmo para a detecção de anticorpos anti-ENA garante agilidade sem prejuízo da especificidade | Revista Médica Ed. 1 - 2013

Depois de realizar uma pesquisa que comparou a performance diagnóstica do método imunoenzimático (Elisa) e da imunodifusão dupla (IDD) para detectar anticorpos contra antígenos extraíveis do núcleo (anti-ENA).

Depois de realizar uma pesquisa que comparou a performance diagnóstica do método imunoenzimático (Elisa) e da imunodifusão dupla (IDD) para detectar anticorpos contra antígenos extraíveis do núcleo (anti-ENA), a equipe de Imunologia do Fleury constatou que o Elisa é a metodologia mais rápida e precisa para identificar os casos negativos, enquanto à IDD, altamente específica, cabe a confirmação dos positivos.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores confrontaram a IDD com diferentes kits comerciais de Elisa em amostras de 144 pacientes que preenchiam critérios para doença reumática autoimune e de 121 indivíduos hígidos. Além disso, testaram um algoritmo que combina os dois métodos numa rotina de grande volume de amostras. O Elisa foi mais sensível para todos os anti-ENA (anti- Sm, anti-Scl-70, anti-Jo1, anti-RNP, anti-SS-A/Ro e anti-SS-B/La), embora tenha apresentado menores valores preditivos positivos que a IDD.

A estratégia de associar a triagem de anti-ENA por Elisa à identificação dos autoanticorpos por IDD mostrou-se bastante acertada, uma vez que, das quase 16,5 mil amostras testadas, 80% foram negativas e liberadas em menos de 24 horas, já que o ensaio imunoenzimático é feito em estação de trabalho automatizada, e 18% foram positivas e, portanto, submetidas à IDD. “Diante desses resultados, implantamos esse algoritmo na rotina do nosso Setor de Imunoensaios, o que vem garantindo agilidade na investigação, sem prejuízo da especificidade do resultado”, assinala o assessor médico do Fleury em Imunologia e Reumatologia, Luis Eduardo Coelho Andrade.