ANS amplia indicações do exame de PET/CT com cobertura obrigatória | Revista Médica Ed. 2 - 2014

A pesquisa do metabolismo glicolítico com PET/CT tem um enorme impacto em Oncologia

Metástase em linfonodo axilar: paciente com melanoma e linfonodo apresentando

acentuada captação de FDG
ARQUIVO FLEURY

A pesquisa do metabolismo glicolítico com PET/CT tem um enorme impacto em Oncologia. Como os tumores apresentam alto consumo de glicose, o método permite detectar tecidos neoplásicos antes mesmo de serem demonstrados por exames convencionais, como tomografia, ultrassonografia e ressonância magnética. Uma vez que rastreia o corpo inteiro, o estudo consegue avaliar outros órgãos, além dos que são alvo da investigação, e detectar metástases precocemente, ajudando o médico-assistente na escolha do tratamento mais efetivo. Nesse particular, aliás, as imagens do metabolismo glicolítico revelam, logo no início, se a terapêutica está sendo efetiva ou não, com base na quantidade de glicose que o tumor concentra.


Em vista dessa contribuição, bem como das novas evidências do benefício clínico do exame, a Agência Nacional de Saúde (ANS) determinou, no início deste ano, a obrigatoriedade da cobertura de PET/CT pelos planos de saúde em mais cinco situações dentro da Oncologia, além das três que já tinham sido definidas anteriormente (veja abaixo). De modo geral, o conjunto de aplicações vem atendendo à lista de indicações clínicas do método, estabelecidas pela Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear em 2009, que incluía doenças oncológicas específicas, boa parte das quais agora contemplada nesse rol da ANS.

Em que situações o exame de PET/CT é coberto pelos planos de saúde*


• Nódulo pulmonar solitário

• Câncer de mama metastático

• Câncer de cabeça e pescoço

• Melanoma

• Câncer de esôfago

• Câncer colorretal com metástase hepática potencialmente ressecável

• Linfomas

• Câncer de pulmão não pequenas células

 

*Segundo as Resoluções Normativas nos. 338, 262 e 211 da ANS.


Novidades a caminho
Embora a glicose marcada (FDG) seja o único radiofármaco efetivamente utilizado na rotina do exame de PET/CT, inúmeros outros vêm sendo validados na literatura. Em curto e médio prazos, portanto, haverá novos marcadores incorporados à rotina do método, como o fluoreto, para metástases ósseas, e o rubídio, para perfusão miocárdica.

 

Assessoria Médica
Dr. Gustavo Meirelles
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Dra. Julia Capobianco
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Dr. Leonardo M. Alexandre
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Dr. Marco A. C. Oliveira
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Dra. Paola Emanuela P. Smanio
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