Como diagnosticar doenças linfoproliferativas crônicas de células B | Revista Médica Ed. 8 - 2004

Investigação apropriada reconhece formas com prognósticos e abordagens terapêuticas distintas

Investigação apropriada reconhece formas com prognósticos e abordagens terapêuticas distintas

As doenças linfoproliferativas crônicas de células B (DLPCBs) acometem preferencialmente indivíduos idosos, com mais de 60 anos, e têm comportamento clínico muito variável. Caracterizam-se, em geral, por linfocitose persistente, acima de 4.000/mm³, acompanhada ou não de infiltração da medula óssea, adenomegalia e hepatoesplenomegalia.
O diagnóstico é feito por meio de:
1. Avaliação morfológica das células linfóides em sangue periférico e medula óssea.
2. Estudo imunofenotípico do sangue periférico ou da medula óssea, usado para demonstrar a proliferação clonal de células B que expressam cadeia leve de imunoglobulina de superfície, além de investigar a presença de outros antígenos, entre os quais CD20, CD5, CD10, CD11c, CD23, CD25 e FMC7. Recentemente, ficou demonstrado que a positividade para ZAP70 (N Engl J Med 2004; 351: 893-901.) em leucemia linfocítica crônica (LLC) é fator prognóstico que define um subgrupo de evolução desfavorável, o qual necessita precocemente de tratamento.
3. Citogenética clássica, que permite a avaliação de alterações numéricas (com especial atenção à trissomia 12) e estruturais dos cromossomos.
4. Citogenética molecular por meio da hibridização in situ fluorescente (FISH), que é importante na identificação das translocações entre os cromossomos 11 e 14, para o diagnóstico de linfoma do manto, e entre o 14 e o 18, para o diagnóstico de linfoma folicular no grupo das DLPCBs CD5-negativas, assim como na detecção de alterações freqüentes em LLC, nem sempre detectáveis ao cariótipo, a exemplo de +12, del(13q), del(17p) e del(11q).

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