Como lidar com os casos suspeitos da doença | Revista Médica Ed. 5 - 2014

O surto de infecção pelo vírus Ebola, atualmente em andamento na África Ocidental, tem suscitado várias dúvidas entre profissionais de saúde.

O vírus Ebola, visto sob microscopia eletrônica de transmissão.
Arquivo Fleury.

O surto de infecção pelo vírus Ebola, atualmente em andamento na África Ocidental, tem suscitado várias dúvidas entre profissionais de saúde. Embora as características de transmissão do agentenão favoreçam sua disseminação para outros continentes, o fato é que qualquer local do mundo pode detectar casos suspeitos em viajantes procedentes dos países afetados.

Na prática, consideram-se suspeitos de Ebola indivíduos com febre que, nos últimos 21 dias, tenhamestado em um dos países com transmissão do vírus (Guiné, Libéria e Serra Leoa) ou que tenham tidocontato com sangue ou outros fluidos corporais de paciente com suspeita ou confirmação de infecçãopor esse agente. Podem ainda estar presentes outros sintomas como cefaleia, mialgia, vômitos, diarreia,dor abdominal e sinais de hemorragia (melena, enterorragia, gengivorragia, púrpuras ou hematúria).

Os serviços e profissionais de saúde que se depararem com tais casos precisam seguir as orientações dos órgãos oficiais para notificação imediata, isolamento dos pacientes e sua transferência para o hospital de referência designado no Estado.Somente essasinstituições de saúde estão autorizadas a coletar e processar amostras de sangue desses indivíduos, seja para testes específicos, seja para qualquer exame de análises clínicas.

O Fleury, portanto, não pode colher ou receber amostras com essa suspeita para enviar a terceiros, tampouco oferecerá qualquer exame específico para o diagnóstico de Ebola. Contudo, se ocorrer identificação tardia de um caso suspeito do qualo Fleury já tenha recebido a matriz biológica, o Setor de Infectologia deverá ser notificado imediatamente para que se tomem as medidas de desinfecção e proteção dos profissionais envolvidos.