Coqueluche - Bordetella pertussis volta a incomodar na capital paulista | Revista Médica Ed. 2 - 2014

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo (SMS-SP), no ano passado foram confirmados 386 casos de coqueluche na capital paulista, o que representa um aumento de 53% em relação a 2012, quando houve 253 casos


Imagem de Bordetella pertussis revelada por microscopia eletrônica
SPL DC/LATINSTOCK


Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo (SMS-SP), no ano passado foram confirmados 386 casos de coqueluche na capital paulista, o que representa um aumento de 53% em relação a 2012, quando houve 253 casos. Assim como nos anos anteriores, a doença afetou principalmente crianças menores de 1 ano, que corresponderam a 79,3% do total de infectados. Devido a esse aumento, a SMS-SP solicita a atenção dos profissionais de saúde para a detecção e a notificação dos casos suspeitos de infecção por Bordetella pertussis, bem como para a coleta oportuna de amostra para a pesquisa específica do agente e a instituição do tratamento adequado.

Os testes mais utilizados para o diagnóstico da coqueluche são a cultura em meio específico e a reação em cadeia da polimerase (PCR), ambas realizadas em amostra coletada da nasofaringe, sítio preferencial de colonização pelo patógeno no trato respiratório superior.

A cultura permite o diagnóstico até a segunda semana após o início dos sintomas, mas, apesar de ter especifidade de 100%, sua sensibilidade fica entre 12% e 60%. Já a PCR em tempo real apresenta sensibilidade de 70% a 99%, especificidade de 86% a 99% e possibilita o diagnóstico até a terceira semana após o início dos sintomas. A sorologia também pode ser feita em situações específicas, como no diagnóstico de surtos e no esclarecimento de resultados negativos de cultura e/ou PCR com persistência do quadro clínico.