Diagnóstico microbiológico e por imagem de endocardite infecciosa | Revista Médica Ed. 9 - 2005

A investigação do agente infeccioso pode ser otimizada com a adoção de alguns cuidados na coleta.

A investigação do agente infeccioso pode ser otimizada com a adoção de alguns cuidados na coleta.

Imagem de vegetação móvel na valva mitral (diástole e sístole)

A endocardite infecciosa (EI) é uma condição rara e potencialmente fatal que exige um reconhecimento precoce para a instituição do tratamento adequado.
O diagnóstico baseia-se em dados clínicos e nos exames microbiológicos, sendo apoiado por métodos de imagem que demonstrem o comprometimento endocárdico. A investigação microbiológica requer alguns cuidados que contribuem para aumentar a sensibilidade e facilitar a interpretação dos achados. Os agentes mais prevalentes de EI comunitária são:

Streptococcus do grupo viridans;
Streptococcus bovis;
• Grupo HACEK;
Staphylococcus aureus.

Para o diagnóstico de comprometimento endocárdico, o método de eleição é o ecocardiograma, transtorácico (ETT) ou transesofágico (ETE), conforme sugerido pelo algoritmo abaixo.

Ecocardiografia na Suspeita de
Endocardite Infecciosa

ETT = ecocardiografia transtorácica
ETE = ecocardiografia transesofágica
EI = endocardite infecciosa
Veja como otimizar a investigação de microrganismos
associados à endocardite
1. Colher amostras de sangue fora do pico febril.
2. Em adultos, coletar 20 mL de sangue por punção.
3. Realizar duas punções em pontos distintos, totalizando 40 mL, sem necessidade de intervalo crítico de tempo entre as coletas.
4. Usar sistemas automatizados de análise, que têm sensibilidade de 30% a 35% superior à dos sistemas tradicionais.
5. Não é necessário realizar rotineiramente cultura para anaeróbios