Testes não invasivos ganham destaque no diagnóstico da doença celíaca | Revista Médica Ed. 1 - 2014

Novo guideline europeu preconiza a biópsia duodenal apenas em situações particulares

Novo guideline europeu preconiza a biópsia duodenal apenas em situações particulares

A biópsia do intestino delgado, até há pouco tempo imprescindível para diagnosticar a doença celíaca (DC), pode, atualmente, ser dispensada para a confirmação ou a exclusão da afecção em alguns cenários clínicos.

Os biomarcadores específicos, que compreendem os autoanticorpos contra transglutaminase tecidual (anti-TG2), endomísio (EMA) e gliadinadeaminada (DGP), ganharam destaque e têm sido hoje recomendados como o método de escolha na investigação dessa enfermidade em indivíduos sintomáticos. Por sua vez, a genotipagem do HLA para a pesquisa dos heterodímeros DQ2 e DQ8 deve ser considerada como opção inicial nos pacientes assintomáticos com risco aumentado para DC.

Confira em que situações a biópsia pode ser dispensada

 


De acordo com o novo guideline para diagnóstico e tratamento da doença celíaca, proposto pela EuropeanSociety for PediatricGastroenterology, HepatologyandNutrition em 2012, a biópsia e o estudo histológico do intestino delgado ficam reservados para indivíduos com anticorpos específicos negativos, mas com sintomas graves desencadeados pelo glúten, bem como para pacientes sintomáticos, com anticorpos anti-TG2 ou DGP positivos em títulos baixos, e também para pessoas assintomáticas que apresentam maior risco para DC, com resultados positivos de tipificação HLA-DQ2 ou DQ8 e dos anticorpos. 

Nos demais casos, é possível abrir mão da confirmação histológica em prol dos testes não invasivos (veja tabela)

Anticorpo EMA detectado por imunofluorescência indireta em corte de cordão umbilical humano, sob magnificação de 400 vezes.

Assessoria Médica
Dra. Marcia Wehba Esteves Cavichio
Dr. Luis Eduardo Coelho Andrade