Estudo de doenças da pelve feminina conta com mais opções entre os métodos de imagem | Revista Médica Ed. 7 - 2010

Avaliação da permeabilidade das tubas uterinas
A histerorressonância se destina principalmente à avaliação da permeabilidade tubária por meio da ressonância magnética (RM) em mulheres alérgicas ao contraste iodado. Nas demais pacientes, a histerossalpingografia ainda é a modalidade de escolha, pois não apenas estuda a permeabilidade, como também avalia a morfologia das tubas e do relevo mucoso. Na prática, a histerorressonância inclui as sequências-padrão do estudo de RM da pelve e sequências adicionais, obtidas após a injeção de contraste paramagnético (gadolínio) diluído na cavidade uterina por meio de um cateter inserido através do orifício cervical. Por isso, além de determinar se as trompas estão pérvias ou se há hidrossalpinge, o exame torna possível o diagnóstico concomitante de outras alterações presentes, tais como miomas, adenomiose e endometriose.
 
Pesquisa de malformações müllerianas
A ultrassonografia ginecológica tridimensional consiste na realização de um ultrassom transvaginal em um equipamento que permite uma aquisição multiplanar e volumétrica, possibilitando reconstruir as imagens adquiridas em diferentes planos anatômicos (axial, sagital e coronal). A obtenção desse bloco de imagens é rápida e feita durante o exame transvaginal convencional. A nova tecnologia tem, como principal aplicação, o diagnóstico das malformações müllerianas. Estudos recentes vêm demonstrando elevada acurácia do método em comparação à ressonância magnética, à histeroscopia e à laparoscopia. Outras indicações incluem a avaliação de dispositivos intrauterinos, o mapeamento de miomas, o diagnóstico de pólipos endometriais e o estudo da cavidade uterina.

Imagem de ultrassom 3D mostra útero unicorno.