Estudo por PET/CT contribui com o estadiamento inicial do carcinoma colorretal | Revista Médica Ed. 1 - 2009

O uso dessa combinação de métodos de imagem pode alterar a conduta clínica em 25% a 30% dos casos.

O uso dessa combinação de métodos de imagem pode alterar a conduta clínica em 25% a 30% dos casos.

A tomografia por emissão de pósitrons (PET) acoplada à tomografia computadorizada (CT), ou simplesmente PET/CT, tem valor no estadiamento inicial do carcinoma colorretal.

Ocorre que, dada sua elevada capacidade de localizar e caracterizar lesões, o método pode alterar a conduta clínica em um número significativo de pacientes (25-30%), principalmente ao detectar massas extra-hepáticas e avaliar de modo mais completo o parênquima hepático.

Essa contribuição se destaca na investigação de linfonodos metastáticos e na pesquisa de metástases a distância, sobretudo em indivíduos com alto risco para cirurgia, com antígeno carcinoembriônico (CEA) muito elevado e/ou com metástases hepáticas grandes ou numerosas.
Na avaliação linfonodal, o exame de PET/CT apresenta alta especificidade, indicando os gânglios que merecem estudo dirigido por biópsias – justamente os que captam o radiofármaco injetado, um análogo da glicose marcado com o flúor-18.
Na pesquisa de metástases distantes, por sua vez, o método permite a avaliação hepática e a detecção de lesões extra-hepáticas, por vezes não identificadas por recursos tradicionais, como a tomografia computadorizada ou a ressonância magnética.
Por fim, a combinação da PET com a CT também é útil no estadiamento após cirurgia ou ablação por radiofrequência da neoplasia colorretal, superando o uso isolado da tomografia convencional para a detecção de lesão residual no fígado e para a pesquisa de massas recorrentes extra-hepáticas.

  

PET/CT evidencia metástase no lobo hepático direito (seta vermelha) em paciente com neoplasia colorretal: a vantagem do método neste caso foi a detecção adicional de um pequeno linfonodo metastático entre a aorta e a veia cava inferior (setas amarelas), confirmado por biópsia ganglionar.


Assessoria Médica
Dr. Gustavo Meirelles: [email protected]