Fleury põe em rotina o Quantiferon® | Revista Médica Ed. 5 - 2012

O método identifica a resposta específica dos linfócitos à infecção pelos agentes do complexo M. tuberculosis.

O método identifica a resposta específica dos linfócitos à infecção pelos agentes do
complexo M. tuberculosis.

O imunoensaio para a detecção da resposta linfocitária específica contra Mycobacterium tuberculosis, conhecido como Quantiferon®, também já está disponível na rotina laboratorial do Fleury. 

O exame, que pode ser usado no lugar do PPD para determinar se houve infecção pregressa pela micobactéria, estuda a resposta proliferativa clonal e a ativação de linfócitos T de memória específica para o complexo M. tuberculosis, que inclui M. africanum, M. microti, M. canetti e M. bovis não BCG.

Essa técnica tem especial utilidade em indivíduos que apresentam algum tipo de comprometimento imunológico, visto que possibilita distinguir, entre os resultados negativos, os que se devem à imunossupressão daqueles que realmente se relacionam à ausência de infecção pregressa pela micobactéria.

Vale ressaltar, no entanto, que o exame não se aplica à diferenciação entre doença ativa e latente, tendo, como limitação, a possível ocorrência de reações cruzadas com infecções causadas por M. kansasii,
M. szulgai e M. marinum.

Como é feito o imunoensaio

1. Três tubos de sangue são colhidos, um com anticoagulante, outro com mitógeno inespecífico e o terceiro com os antígenos ESAT-6, CFP-10 e TB7.7, específicos do complexo
M. tuberculosis

2. O tubo sem mitógenos tem a função de identificar a quantidade basal de interferon-gama (IFNγ) no sangue do paciente, enquanto a amostra com mitógeno inespecífico permite avaliar a integridade de sua resposta imune celular de modo geral

3. Em contato com essas proteínas, monócitos presentes no sangue periférico executam a apresentação antigênica aos linfócitos T de memória, que, uma vez estimulados, produzem IFNγ, uma citocina que, a seguir, será aferida por ensaio imunoenzimático no sobrenadante das três amostras

4. O exame é considerado positivo quando a dosagem de IFNγ na amostra exposta aos antígenos específicos supera 0,35 UI/mL e se apresenta pelo menos 50% maior do que o valor obtido na amostra sem mitógenos


Assessoria Médica em Infectologia 
Assessoria Médica em Microbiologia 
Dr. Jorge Luiz Mello Sampaio:
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Dr. Celso Granato:
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