Fratura de estresse deve ser considerada em atletas com dor óssea | Revista Médica Ed. 4 - 2005

A complicação afeta mais mulheres que homens e está associada a atividades físicas

A complicação afeta mais mulheres que homens e está associada a atividades físicas

O caso
Corredora de 27 anos, em fase inicial de treinamento de corridas e pós-dieta prolongada para perder peso, com dor localizada em face interna da perna, que piorava durante o exercício e se mantinha após sua conclusão. O diagnóstico clínico foi de uma fratura de estresse da tíbia, confirmada por ressonância magnética.

A discussão
A fratura de estresse pode ocorrer em qualquer osso que sofra sobrecarga mecânica repetida e excessiva, estando associada a diversas atividades físicas, tais como dança, atletismo, tênis, basquete e futebol. As mulheres têm um risco de 4 a 12 vezes maior que os homens de apresentar essa complicação, rara em crianças. O membro inferior é o local mais freqüentemente acometido e, em 50% dos casos, a fratura se encontra na tíbia. O diagnóstico é clínico e pode contar com a investigação inicial de estudo radiológico simples. Caso o resultado se mostre duvidoso ou mesmo normal, os exames mais indicados são a ressonância magnética, que tem alta sensibilidade e especificidade, e a cintilografia óssea, que igualmente é bastante sensível. Para o acompanhamento, o estudo radiológico simples costuma ser suficiente.

Imagens de ressonância magnética demonstram a área de fratura de estresse na cortical posterior da tíbia (setas), com formação de um calo ósseo de reparação.
Imagem radiográfica de controle, após 45 dias de tratamento, mostra um calo ósseo (seta) no foco da fratura.


Assessoria Médica
Abdalla Skaf: [email protected]