Hepatites virais: relatório aponta epidemia no continente americano | Revista Médica Ed. 2 - 2017

Publicado em janeiro de 2017, o primeiro relatório da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) sobre hepatites virais mostrou que vivemos uma epidemia silenciosa.

Publicado em janeiro de 2017, o primeiro relatório da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) sobre hepatites virais mostrou que vivemos uma epidemia silenciosa, com cerca de 2,8 milhões e 7,2 milhões de pessoas cronicamente infectadas, respectivamente, pelos vírus das hepatites B e C nas Américas.


O fato é que a doença ainda é subdiagnosticada, a ponto de três em cada quatro pessoas desconhecerem que têm a infecção, o que traz impacto importante ao prognóstico, tanto que, atualmente, por exemplo, apenas 4% dos indivíduos que vivem com hepatite C no continente recebem tratamento. O relatório revelou ainda que as hepatites B e C respondem por aproximadamente 125 mil mortes por ano, mais do que a tuberculose e a infecção por HIV.


Diante desse cenário, foi desenvolvido o Plano Regional da Opas para Hepatites Virais 2015-2019, no qual se recomendam várias medidas para prevenir e controlar as duas doenças. O mundo busca acabar com as hepatites como um problema de saúde pública até 2030.


Estratégias de combate
Entre as medidas, o Plano Regional da Opas propõe:

  • Formulação de planos nacionais pelos países
  • Ampliação da vacinação contra hepatite B para todas as crianças menores de 1 ano e para grupos populacionais de alto risco e indivíduos vulneráveis
  • Realização de campanhas de informação
  • Soluções para ampliar o acesso ao tratamento