Método imunoenzimático passa a ser utilizado para a triagem de autoanticorpos específicos | Revista Médica Ed. 10 - 2009

Com a mudança, a investigação ganha agilidade, sem prejuízo da especificidade do resultado.

Com a mudança, a investigação ganha agilidade, sem prejuízo da especificidade do resultado.  

O screening inicial para autoanticorpos contra o DNA nativo (anti-DNA nativo) e contra antígenos nucleares extraíveis (ENA), como anti-Sm, anti-RNP, anti-SSA/Ro, anti-SSB/La, anti-Scl-70 e anti-Jo-1, passa agora a ser feito no Fleury pelo método Elisa, o mais rápido e preciso para identificar os casos negativos. Os positivos, evidentemente, ficam retidos para confirmação por metodologias já tradicionais e de alta especificidade – imunofluorescência indireta (IFI) para o anti-DNA e imunodifusão dupla (IDD) para os demais autoanticorpos, até então usadas indistintamente para a triagem ou para a confirmação. A iniciativa teve origem em um estudo comparativo do desempenho diagnóstico das várias técnicas disponíveis para a determinação desses autoanticorpos, o qual envolveu 355 amostras e mais de 7.400 reações. Nessa comparação, o método Elisa se mostrou mais sensível que a IFI e que a IDD em todos os tipos de anticorpos pesquisados, deixando patente sua utilidade como teste de screening, uma vez que a elevada sensibilidade implicou também menor especificidade. Com a mudança, o Fleury agora libera os resultados negativos com maior rapidez, já que essa triagem é feita em estação de trabalho automatizada, e usa métodos específicos, mais elaborados e, por conseguinte, mais demorados, para os casos que realmente demandam tal aprofundamento. O fato é que, na prática, essa associação metodológica confere agilidade à investigação, sem prejuízo da especificidade do resultado.

Assessoria Médica
Assessoria Científica
Alessandra Dellavance
Dr. Luís Eduardo Correa Andrade: [email protected]