Mucosectomia possibilita remoção ambulatorial de lesões nas camadas superficiais do cólon | Revista Médica Ed. 4 - 2015

Técnica segura e eficaz, a mucosectomia do cólon é realizada, no Fleury, em todas as unidades de atendimento que oferecem a colonoscopia.

 

Após cromomagnificação (esquerda), o pólipo é removido pela técnica de mucosectomia (direita).
ARQUIVO FLEURY


Técnica segura e eficaz, a mucosectomia do cólon é realizada, no Fleury, em todas as unidades de atendimento que oferecem a colonoscopia. O procedimento, também chamado de ressecção endoscópica da mucosa, remove lesões planas ou sésseis limitadas às camadas mucosa e submucosa superficial, sendo feito com o auxílio da técnica de magnificação de imagem, presente nos endoscópios mais modernos, em associação com a cromoendoscopia, que possibilita a diferenciação entre lesões neoplásicas e não neoplásicas e a determinação da profundidade de invasão dos cânceres colorretais.

Na prática, o método consiste na injeção de uma solução no espaço submucoso para elevar a lesão e facilitar sua retirada com a alça de polipectomia, conectada à fonte de bisturi elétrico. O risco de complicações, como sangramento e perfuração, é mínimo, ocorrendo com maior frequência nos pólipos a partir de 2 cm.


O emprego da mucosectomia no cólon está indicado para lesões de, no máximo, 20 mm, de modo que sejam removidas em um único fragmento. Contudo, as de baixo risco estimado de invasão profunda, como as lesões de crescimento lateral (LST, sigla em inglês de lateral spreading tumor), podem ser abordadas por essa técnica mesmo com diâmetro superior a 2 cm, desde que se recorra à versão de retirada em múltiplos fragmentos (piecemeal). 


Em adenomas ou cânceres superficiais, com invasão submucosa até 1.000 µm, bem diferenciados e sem invasão linfovascular, a intervenção tem proposta curativa, uma vez que possuem mínimo risco de metástase linfonodal. 


Para lesões maiores


Pólipos grandes encontrados à colonoscopia igualmente podem ser ressecados de forma ambulatorial, mas, devido aos maiores riscos associados, a equipe de endoscopia do Fleury opta por discutir o caso com o médico do paciente antes da ressecção, eventualmente solicitar algum exame complementar e, então, reagendar o procedimento na Unidade Higienópolis, que é o espaço destinado para práticas mais avançadas em endoscopia digestiva.


Nas LST, e mesmo nas lesões menores, assim como em alguns pólipos pediculados maiores, técnicas de hemostasia, como clipe metálico ou loop, são empregadas em todas as unidades do Fleury para prevenir ou tratar as duas principais complicações. 



Assessoria Médica
Dra. Beatriz Mônica Sugai
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Dr. Dalton Marques Chaves
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Dr. Ermelindo Della Libera Junior
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