O estudo da perfusão | Revista Médica Ed. 4 - 2010

Devido à capacidade de avaliar a perfusão miocárdica de acordo com o território de irrigação coronariana, a cintilografia se tornou uma ferramenta fundamental na investigação da DAC e também no auxílio ao manuseio clínico.

Devido à capacidade de avaliar a perfusão miocárdica de acordo com o território de irrigação coronariana, a cintilografia se tornou uma ferramenta fundamental na investigação da DAC e também no auxílio ao manuseio clínico. Quando o paciente tem perfusão normal, as imagens basais e após o estresse mostram concentração homogênea do radioindicador em ambas as fases. Nos casos de obstruções significativas nas artérias coronárias, a perfusão não apresenta alterações ao repouso, mas se mostra diminuída nas imagens após o estresse, na projeção do território irrigado pela artéria obstruída.

Além da análise visual qualitativa, o exame dá informações semiquantitativas com a finalidade de estimar a magnitude da área isquêmica, o que causa grande impacto na decisão da estratégia terapêutica a seguir. A cintilografia miocárdica oferece ainda detalhes sobre a função ventricular esquerda e o tamanho da cavidade ventricular, acusando também a possível presença de radiofármaco nos pulmões. Já se sabe que indivíduos com fração de ejeção do ventrículo esquerdo reduzida, dilatação da cavidade ventricular e captação pulmonar têm pior prognóstico. Quando essas alterações estão presentes apenas na fase de esforço, ou seja, com queda da fração de ejeção e/ou dilatação transitória da cavidade ventricular durante o estresse, o paciente pode ser portador de DAC multiarterial ou de obstrução no tronco da coronária esquerda, mesmo com perfusão normal ou pouco alterada. Veja, aqui, as indicações e contraindicações detalhadas do método.

Cintilografia aponta lesão no tronco da coronária esquerda com isquemia grave na parede anterior extensa e dilatação da cavidade ventricular esquerda.

Assessoria Médica
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