Para flagrar os agressores, venham de onde vierem | Revista Médica Ed. 6 - 2014

Quando finalmente se descobrirem todos os mecanismos que ocasionam uma doença, dificilmente faltará o componente genético para predispor sua instalação, assim como o componente imunológico.

Quando finalmente se descobrirem todos os mecanismos que ocasionam uma doença, dificilmente faltará o componente genético para predispor sua instalação, assim como o componente imunológico, seja por ter falhado no combate ao agressor, seja por ter entrado em colapso e passado a atacar companheiros de batalha. Essa segunda vertente, à medida que os estudos avançam, parece estar presente em cada vez mais processos patológicos, como comprovam os diversos autoanticorpos hoje utilizados para o diagnóstico de síndromes neurológicas e paraneoplásicas, doença celíaca, glomerulopatias primárias, hepatopatias autoimunes e, especialmente, doenças reumáticas, entre outras. 

Ao longo de sua história, o Fleury vem se dedicando muito ao desenvolvimento desse tipo de teste, a ponto de ter levado farto material para a 12a edição do Workshop Internacional sobre Autoanticorpos e Autoimunidade, que ocorreu em São Paulo, neste segundo semestre. Entre as novidades apresentadas na oportunidade, e que merecem destaque na matéria de capa desta edição, estão o anti-LEDGF, capaz de afastar a possibilidade de doença autoimune diante de um FAN positivo com padrão pontilhado fino denso; o anti-RNA polimerase III, um marcador de esclerose sistêmica, que também prediz o surgimento de câncer nesses pacientes; e o anti-PLA2R, presente na glomerulonefrite membranosa primária, uma das causas da síndrome nefrótica do adulto – cuja etiologia autoimune, aliás, ficou demonstrada há pouco tempo. 

Que outras descobertas desse tipo não estarão por ser conhecidas em breve? Fique certo de que as acompanharemos de perto para lançar mão de métodos eficientes para flagrar sua presença no organismo humano. Como, aliás, acabamos de fazer em relação à febre Chikungunya, já saindo da seara do diagnóstico imunológico e indo para o molecular. Nossa equipe de Infectologia desenvolveu um teste para a identificação do RNA do vírus Chikungunya, feito por PCR em tempo real, que pode detectar o agente já no primeiro dia dos sintomas. O novo exame tem utilidade inclusive na forma crônica da doença, como você confere na página 16. 

Queremos aproveitar a oportunidade para agradecer sua confiança em nossos profissionais e para reafirmar o nosso compromisso em oferecer todo o arsenal diagnóstico e o suporte de que você precisa para que seus pacientes saiam do consultório com respostas.

Com nossos votos de um ótimo prognóstico para 2015,



Dra. Jeane Tsutsui

Diretora Executiva Médica | Grupo Fleury