Embora seja a mais frequente alteração genética na doença, sua utilidade é maior quando ela ocorre isoladamente.
Embora seja a mais frequente alteração genética na doença, sua utilidade é maior quando ela ocorre isoladamente.
A leucemia mieloide aguda (LMA) deve ser avaliada com relação aos aspectos morfológicos, imunofenotípicos, citogenéticos e genético-moleculares. De acordo com o resultado dessas análises, tem-se a possibilidade de classificar a doença, estratificar o prognóstico e dirigir o tratamento em conformidade com a perspectiva de resposta. Nesse sentido, o Fleury acaba de ampliar a detecção das anormalidades genético-moleculares nas LMAs, ao dispor da análise da mutação do gene membro 1 da nucleofosmina, ou NPM1. Essa alteração genética pode ser heterozigótica no éxon 12 e apresentar-se com inserção de repetição de quatro nucleotídeos abaixo da posição 959 ou, então, com deleção da sequência GGAGC na posição 959-969, que é substituída por nove outros nucleotídeos. Ambas as formas resultam na perda de um ou mais triptofanos essenciais para a localização nucleolar da proteína, dando origem à expressão citoplasmática anormal de seu produto proteico. O teste desenvolvido no Fleury permite a detecção de quatro tipos da mutação, conseguindo identificar a presença ou a ausência de uma dessas alterações com eficiência de 100% quando a amostra contém ao menos 1% de blastos e mais de 1.000 glóbulos brancos/mm3. A mutação em NPM1 ocorre em 40% a 60% dos casos de LMA com cariótipo normal e em 25% a 35% do total de casos da doença, mas configura um marcador que confere melhor prognóstico quando está presente de modo isolado, isto é, na ausência de outras anormalidades.
O que é o NPM1? |
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O NPM1 é uma fosfoproteína abundante e bastante conservada que fisiologicamente reside no nucléolo e se move do núcleo para o citoplasma. Exerce função em diversos processos celulares, como na resposta à radiação ultravioleta e à hipóxia, na manutenção da estabilidade genômica e na regulação da atividade e da estabilidade dos genes supressores tumorais p53 e ARF, assim como na regulação transcricional. |
Assessoria Médica |
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Dra. Maria de Lourdes Chauffaille: [email protected] |
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