Pesquisa de mutações no gene EGFR funciona como aliada na escolha terapêutica | Revista Médica Ed. 8 - 2011

O teste prediz os pacientes que podem se beneficiar do uso dos inibidores de tirosinoquinases.

 

O teste prediz os pacientes que podem se beneficiar do uso dos inibidores de tirosinoquinases.

A ativação do receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR) pode ocorrer devido à sua superexpressão ou a mutações que estimulam tirosinoquinases e, assim, ativam as vias de sinalização envolvidas no favorecimento ao ciclo celular e na consequente progressão do tumor. Dessa forma, o EGFR tornou-se um alvo muito importante para quimioterapia, com o uso de fármacos capazes de inibi-lo e, consequentemente, combater o câncer – em especial o carcinoma de pulmão do tipo não pequenas células –, como é o caso do erlotinibe e do gefitinibe, conhecidos pela sigla TKI (do inglês, tyrosine kinase inhibitor).

A presença de mutações no EGFR, as quais conferem maior sensibilidade aos TKIs, predomina em pacientes do sexo feminino que nunca fumaram e que possuem tumores com histologia compatível com adenocarcinoma. Muito embora ajudem a identificar pessoas com maior ou menor possibilidade de ter tal alteração genética, essas características não se mostram tão efetivas quanto o teste molecular, que prediz os pacientes que podem se beneficiar mais com a introdução dos TKIs.

As mutações mais comuns, associadas com boa resposta a tais medicamentos, incluem a L858R, a L861Q e a G719/C/S, além das deleções do éxon 19. Quando presentes, essas alterações estão relacionadas a taxas de resposta de até 70% aos inibidores da tirosinoquinase. Por outro lado, mutações como a T790M e as inserções no éxon 21 assinalam fortemente a resistência a esses fármacos.

Assessoria Médica
Dr. Ismael D. Cotrim Guerreiro da Silva
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