Procalcitonina é utilizada como marcador laboratorial de septicemia | Revista Médica Ed. 4 - 2007

Infecções mais graves acompanham níveis mais elevados desse pró-hormônio.

Infecções mais graves acompanham níveis mais elevados desse pró-hormônio.

A determinação de procalcitonina (PCT) é utilizada especialmente em hospitais, pois sua elevação pode estar associada a uma atividade inflamatória relacionada com septicemia. Na prática, acredita-se que valores elevados sejam indicativos de processos infecciosos mais graves, razão pela qual a PCT serve para estratificar o risco de infecção generalizada. Contudo, o aumento dos níveis desse pró-hormônio não é específico, ocorrendo também em outras condições clínicas acompanhadas de inflamação.

O que é procalcitonina?
A procalcitonina (PCT) é um pró-hormônio que, em condições habituais, permanece apenas no interior das células C da tiróide, sendo o precursor da calcitonina. A PCT não é detectada na circulação, mas, em situações de estresse, como durante uma infecção disseminada, após traumas ou cirurgias de grande porte e em queimaduras extensas, pode ter significativa produção extratiroidiana, especialmente em macrófagos, e ser encontrada no sangue periférico. Em estudos experimentais, demonstrou-se que a substância é detectável no sangue a partir de quatro horas após uma injeção de endotoxina, mantendo-se em níveis elevados por até 24 horas. Tendo em vista a baixa especificidade dessa dosagem, a interpretação do resultado deve ser feita em conjunto com os demais dados clínicos, uma vez que a elevação dos níveis séricos nem sempre é indicativa de infecção generalizada.

Ficha Técnica

Exame: procalcitonina
Metodologia: imunoensaio
Valores de referência e critérios de interpretação em casos de infecção:
Inferior a 0,5 ng/mL
• Baixo risco de progressão para septicemia.Caso seja clinicamente indicado, considerar nova dosagem depois de 6 a 24 horas.
De 0,5 a <2,0 ng/mL
• Risco moderado de progressão para septicemia.Recomenda-se repetição do exame depois de 6 a 24 horas.
De 2,0 a <10,0 ng/mL
• Alto risco de progressão para septicemia.