Resistência à lamivudina dificulta tratamento da hepatite B | Revista Médica Ed. 2 - 2003

Mutação viral que determina resistência à Lamvudina pode ser detectada por teste genético

Mutação viral que determina resistência à Lamvudina pode ser detectada por teste genético

A lamivudina é uma droga utilizada no tratamento da hepatite B, que atua inibindo a síntese do DNA viral e está indicada para grupos especiais de pacientes. Um dos grandes problemas relacionados ao seu uso é o aparecimento de mutação que determina resistência a essa droga. A principal se dá na região YMDD da polimerase viral, o que geralmente ocorre após o sexto mês de tratamento, mas sua freqüência aumenta com o tempo de administração da lamivudina, sendo de aproximadamente 15% no primeiro ano, 30% após dois anos e até 50% no terceiro ano de uso da medicação. Do ponto de vista clínico, existe suspeita dessa condição quando o HBV-DNA reaparece e as transaminases se elevam. No Fleury, o teste para detectar a mutação é realizado por técnica de seqüenciamento do gene da polimerase viral.

Seqüenciamento do gene da polimerase do HBV para a detecção de resistência à lamivudina. Painel A: ausência de resistência, com preservação das seqüências que codificam o domínio YMDD da polimerase. Painel B: presença de resistência em amostra de paciente em tratamento com lamivudina por 12 meses. Observe a mutação A G (no códon em vermelho), que determina a troca do aminoácido metionina (M) por valina (V) no domínio YMDD.