Ressonância magnética pode revelar pequenas lesões que determinam a epilepsia | Revista Médica Ed. 3 - 2010

As imagens estruturais de ressonância magnética (RM) têm sido amplamente utilizadas para a avaliação da epilepsia, tanto nos casos de doença do lobo temporal quanto nas afecções extratemporais.

As imagens estruturais de ressonância magnética (RM) têm sido amplamente utilizadas para a avaliação da epilepsia, tanto nos casos de doença do lobo temporal quanto nas afecções extratemporais. O conhecimento prévio das informações clínicas ou eletrográficas é importante para o planejamento correto do exame, visando ao estudo detalhado das áreas suspeitas. Lesões displásicas ou tumorais pequenas podem ser responsáveis pelo quadro epiléptico, o que demanda a obtenção de imagens de cortes finos, menores que três milímetros, com maior resolução espacial, principalmente para o planejamento cirúrgico. Pode haver necessidade de injeção de contraste paramagnético, o gadolínio, sobretudo em afecções inflamatórias ou tumorais que cursam com quebra da barreira hematoencefálica.

A investigação desses pacientes deve ser feita em equipamentos de alto campo magnético, com, no mínimo, 1,5 tesla (T), os quais permitem a localização de lesões focais ou difusas que alteram a estrutura do encéfalo. Em particular, a disponibilidade do aparelho de 3 T tem contribuído sobremaneira para o estudo mais detalhado da epilepsia sintomática, tornando possível o diagnóstico de diminutas lesões, tratáveis com ressecção cirúrgica. A tomografia computadorizada fica reservada para os casos em que se suspeita da presença de calcificações parenquimatosas pequenas nos estudos de RM.



Achado de RM compatível com esclerose mesial temporal esquerda, em exame de indivíduo com epilepsia do lobo temporal. Observe que o hipocampo esquerdo é menor e exibe sinal mais hiperintenso (brilhante) que o direito

Assessoria Médica
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