RM de pênis e de escroto contribuem para esclarecer suspeitas de doença no trato genital masculino | Revista Médica Ed. 3 - 2016

Recentemente, o Fleury incorporou dois exames que auxiliam o clínico na avaliação de processos patológicos do trato genital masculino.

Recentemente, o Fleury incorporou dois exames que auxiliam o clínico na avaliação de processos patológicos do trato genital masculino – a ressonância magnética (RM) do escroto, que estuda as estruturas dessa região, incluindo testículos e epidídimo, e a RM do pênis, útil para analisar a haste peniana com o objetivo de detectar fraturas e nódulos, bem como de verificar o estado da prótese peniana.

 

A RM, classicamente, oferece excelente contraste do tecido e boa resolução espacial, sendo cada vez mais utilizada para esclarecer dúvidas diagnósticas em indivíduos que já realizaram ultrassonografia (US) ou mesmo como modalidade primária na avaliação de doença suspeita. 

Considerada um exame primário para investigar alterações escrotais e, em menor extensão, penianas, a US é inconclusiva em até 5% dos casos de suspeita de doença no escroto. Nesses casos, a RM pode fazer a diferenciação entre lesões benignas e malignas, vistas ao ultrassom, e ajudar a definir a extensão de processos inflamatórios ou traumas, além de ter papel essencial no estadiamento locorregional de tumores. 


O método usa cortes multiplanares e sequências ponderadas em T1 e T2, com foco na região-alvo – escroto ou pênis –, empregando meio de contraste paramagnético por via endovenosa, se necessário. Só não pode ser feito em indivíduos com prótese peniana ferromagnética, clipes de aneurisma, implantes e aparelhos oculares (exceto lentes intraoculares para catarata), implantes otológicos cocleares, marca-passo cardíaco e fixadores ortopédicos externos, assim como em pacientes com menos de seis semanas da colocação de stents intravasculares.


 Ultrassonografia evidencia nódulo circunscrito intratesticular com bordas ecogênicas e textura hipoecogênica e heterogênea. Ao Doppler colorido, não se observam fluxos vasculares em seu interior.




Ressonância magnética mostra cisto circunscrito intratesticular com hipossinal em T1, hipersinal em T2, sem realce após a injeção do contraste endovenoso, e múltiplas estrias laminares em seu interior, com aspecto em casca de cebola, típico do cisto epidermoide.



ASSESSORIA MÉDICA
Dra. Angela Hissae Motoyama Caiado
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Dr. Augusto C. de Macedo Neto
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Dr. Carlos Alberto Matsumoto
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Dr. Ruy Rodrigues Galves Junior
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