Subdiagnóstico ainda ronda as doenças pulmonares obstrutivas | Revista Médica Ed. 7 - 2009

Essa situação contrasta com a simplicidade da detecção dessas afecções, que depende basicamente da prova de função pulmonar.

Essa situação contrasta com a simplicidade da detecção dessas afecções, que depende basicamente da prova de função pulmonar.

A asma e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) são as condições crônicas mais frequentes dentre as afecções pulmonares, afetando, respectivamente, de 10% a 15% da população geral e ao redor de 15% das pessoas com mais de 40 anos.

Apesar disso, dados de um estudo multicêntrico, realizado no município de São Paulo, revelaram que 87,5% dos indivíduos com critérios espirométricos para o diagnóstico de DPOC desconheciam ser portadores dessa condição. Há também subdiagnóstico para asma, e não somente no Brasil, mas em outras partes do mundo. Esse cenário contrasta com a simplicidade das informações requeridas para confirmar a presença dessas doenças pulmonares obstrutivas, apontando para a necessidade permanente de conscientização sobre o problema. Até porque o diagnóstico de asma e DPOC é feito de maneira simples, definitiva e acurada com o auxílio da prova de função pulmonar e, quando necessário, do teste de broncoprovocação.

Durante manobra de expiração forçada e mensuração dos compartimentos volumétricos dos pulmões, a prova de função pulmonar permite o estudo dos movimentos aéreos, identificando a limitação ao fluxo de ar tanto na asma quanto na DPOC. Já o teste de broncoprovocação pode confirmar a asma quando a prova se mostra normal, visto que, após a administração de doses progressivas de broncoconstritor, o método monitora a magnitude da queda dos fluxos expiratórios e a compara com a condição basal, possibilitando a identificação da hiper-reatividade brônquica característica do asmático.


Assessoria Médica
Dr. João Marcos Salge: [email protected]


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