US 3D faz controle evolutivo de aneurisma da aorta abdominal e dilatação de pelve renal | Revista Médica Ed. 4 - 2014

Seguindo os avanços da avaliação tridimensional por métodos de imagem, o Fleury acaba de pôr em rotina a ultrassonografia (US) 3D para o estudo de aneurismas da aorta abdominal, em adultos, e de dilatação de pelve renal, em crianças.

Seguindo os avanços da avaliação tridimensional por métodos de imagem, o Fleury acaba de pôr em rotina a ultrassonografia (US) 3D para o estudo de aneurismas da aorta abdominal, em adultos, e de dilatação de pelve renal, em crianças.


O método fornece medidas do volume de aneurismas não operados, com possibilidade de controle mais efetivo de suas dimensões e eventual crescimento, assim como do saco aneurismático residual nos indivíduos com endopróteses, nos quais é fundamental a detecção de extravasamentos, ou endoleaks, no seguimento pós-operatório. Além disso, pode substituir a angiotomografia nos pacientes em que a radiação e o contraste são impeditivos. A US 3D para avaliação de aneurismas inclui ainda um estudo com Doppler colorido, tanto bidimensional quanto tridimensional, possibilitando melhor caracterização da luz do vaso e do fluxo em seu interior.


Já em crianças com estenose de junção ureteropiélica, operadas ou não, a avaliação de pelve renal dilatada pela US 3D traz menor variação intra e interobservador nos controles evolutivos, o que é essencial para o acompanhamento dos pacientes com esse diagnóstico.


Vale adicionar que, em ambas as situações, os exames são feitos com aparelhos tradicionais de ultrassonografia e sem uso de meios de contraste.


A evolução do 3D na Medicina Diagnóstica
Incorporada à ultrassonografia nos anos 90, em especial para estudos obstétricos e ginecológicos, a avaliação tridimensional vem sendo aplicada a outras áreas médicas graças à evolução do software utilizado na reconstrução – que também permite estudos 4D, ou seja, em 3D em tempo real –, assim como à introdu- ção de transdutores matriciais, cuja maior leveza e melhor ergonomia se aliaram a um número maior de cristais responsáveis pela geração e pela captação do feixe ultrassônico em múltiplos planos. Dessa forma, já é possível realizar varreduras com excelente resolução temporal e espacial, adquirindo planos ortogonais precisos e instantâneos, além de armazenar e reconstruir as estruturas analisadas no pró- prio aparelho ou em estações de trabalho a distância.
 


 

Avaliação de stent por ultrassonografia 3D com Doppler. À esquerda, a reconstrução volumétrica da luz do stent permite melhor visualização de toda a estrutura e ainda o cálculo de seu volume. À direita, os planos axial, coronal e sagital da imagem-fonte.

ARQUIVO FLEURY


Assessoria Médica
Dr. André Paciello Romualdo
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