Volumetria automatizada das estruturas temporais mesiais por RM ganha novas aplicações | Revista Médica Ed. 2 - 2015

​Diversas técnicas de medida volumétrica de estruturas temporais mesiais (amígdala, hipocampo e giro para-hipocampal) têm sido utilizadas na última década, com potencial aplicação clínica na investigação de diversas doenças.

Diversas técnicas de medida volumétrica de estruturas temporais mesiais (amígdala, hipocampo e giro para-hipocampal) têm sido utilizadas na última década, com potencial aplicação clínica na investigação de diversas doenças neuropsiquiátricas. Uma questão metodológica importante, entretanto, diz respeito à reprodutibilidade dessas medidas, particularmente porque dependem muito do operador.


A despeito da estabelecida utilidade, a volumetria hipocampal baseada em imagens de ressonância magnética demanda grande tempo de dedicação, mesmo de indivíduos treinados, o que dificulta sua utilização na rotina. Contudo, recentes avanços tecnológicos tornaram possível o desenvolvimento de softwares de análise morfométrica automáticos, como o Neuroquant®, que minimiza os problemas referentes à reprodutibilidade do método. Além disso, o uso desse sistema permite a comparação dos valores obtidos em um paciente com valores normativos de uma base de dados corrigidos por gênero, idade e tamanho da cabeça.


 ARQUIVO FLEURY   


Indicações do método com o Neuroquant®


Na epilepsia do lobo temporal

O reconhecimento da atrofia seletiva das estruturas temporais mesiais e sua quantificação pela volumetria demonstram, in vivo, as alterações anatômicas associadas à esclerose temporal mesial e a correlação com dados clínicos, eletrofisiológicos, neuropsicológicos, neurocirúrgicos e anatomopatológicos.


Nas síndromes demenciais

Diversos trabalhos usaram a mensuração volumétrica das estruturas temporais mesiais, cruciais para a memória declarativa, comparando os resultados obtidos com os observados em controles saudáveis.


Na esquizofrenia

Vários autores relataram redução volumétrica das estruturas temporais mesiais em esquizofrênicos, a maioria com efeito de lateralidade, com diminuição mais pronunciada

ou apenas restrita ao lado esquerdo, acometendo o giro para-hipocampal.


Assessoria Médica
Dr. Antonio Carlos Martins Maia Junior
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Dr. Antonio José da Rocha
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