Mamografia 3D: um novo método para rastrear o câncer de mama

Confiram os aprovados para o Programa de Fellow em Diagnóstico por Imagem do Grupo Fleury – São Paulo – 2019.

Tomossíntese mamária, também conhecida como mamografia 3D, foi desenvolvida com a finalidade de mitigar os efeitos da sobreposição de tecido mamário denso na mamografia convencional 2D. Diversos estudos têm demonstrado que seu uso está associado a um aumento de até 30% na taxa de detecção do câncer de mama e a uma redução significativa nas taxas de reconvocação e na necessidade de incidências mamográficas complementares.

Atualmente, realiza-se a tomossíntese em adição à mamografia convencional, e não como substituta. As finas imagens seccionais/tomográficas de baixa dose da tomossíntese são obtidas imediatamente após a realização de cada incidência mamográfica 2D, durante a mesma compressão, e com duração de poucos segundos. Após a aquisição, essas imagens da mama, em conjunto com a mamografia 2D, são enviadas para uma estação de trabalho dedicada, com monitores de alta resolução, e analisadas.

Convém lembrar que existem preocupações sobre o aumento da radiação ionizante utilizada na tomossíntese, que, de fato, ocorre, porém a dose total empregada fica abaixo da dose máxima aceitável. Dessa forma, o exame é considerado seguro.

A tomossíntese está potencialmente indicada para o rastreamento do câncer de mama em mulheres com ou sem alto risco para a doença, seguindo o que já se preconiza para a mamografia 2D, ou como método diagnóstico nas mulheres com sintomas clínicos, achados palpatórios ou dúvidas encontradas no exame convencional. Nas pacientes de alto risco, contudo, o novo exame não substitui a ressonância magnética quando houver indicação desta.

Rastreamento de neoplasia mamária com mamografia

- Anualmente, a partir dos 40 anos, em mulheres sem fatores de risco para câncer de mama

- Anualmente, com início antes dos 40 anos*, em mulheres com alto risco para câncer de mama

*A idade de início do rastreamento mamográfico depende do fator de risco para câncer de mama.

O método não é recomendado para o rastreamento em mulheres com
menos de 40 anos e sem fatores de risco para a doença.