O manejo dos cânceres localmente avançados melhorou consideravelmente nas últimas décadas devido, em grande parte, à evolução na área da quimioterapia neoadjuvante.
O manejo dos cânceres localmente avançados melhorou consideravelmente nas últimas décadas devido, em grande parte, à evolução na área da quimioterapia neoadjuvante (QT-neo), que, dentre inúmeras vantagens, pode alterar um tumor dessa natureza, anteriormente irressecável, transformando-o em um tumor operável (downstaging). Com isso, mulheres inicialmente candidatas à mastectomia passam a ter possibilidade de fazer uma cirurgia conservadora.
Atualmente, cerca de 80% a 90% das pacientes apresentam uma taxa de resposta clínica significativa do tumor primário à QT-neo, com destaque para as portadoras de câncer de mama triplo-negativo e positivo para HER-2, sobretudo por conta da possibilidade de personalizar a escolha do esquema quimioterápico com base no perfil molecular do tumor. Para ter uma ideia, chega a 15-20% a taxa de pacientes com resposta completa à ressonância magnética pós-quimioterapia, ou seja, sem lesão visível à imagem.
Embora esse resultado seja desejável e já se tenha demonstrado que a resposta patológica completa apresenta valor prognóstico, as respostas clínica e radiológica completas podem dificultar a cirurgia conservadora nesse grupo, uma vez que o tratamento bem-sucedido acaba impedindo a localização precisa do local do tumor inicial.
Assim, a literatura científica especializada vem ressaltando a importância da utilização do clipe radiopaco intratumoral nas pacientes submetidas à QT-neo, uma técnica segura e custo-efetiva que possibilita a localização subsequente do leito tumoral antes da ressecção cirúrgica. Dessa forma, tornou-se essencial, como parte da prática terapêutica para as pacientes com câncer de mama submetidas à QT-neo, que se realize a marcação do tumor com um clipe antes do início da quimioterapia ou tão logo se inicie esse tratamento.
Dada a extrema relevância da técnica, o Fleury dedicou esforços para disponibilizar uma cânula com clipe de marcação compatível com os principais métodos de imagem mamária, inclusive a ressonância magnética. A cânula permite a inserção do clipe no centro da lesão com o auxílio de um exame de imagem, preferencialmente a ultrassonografia, depois do que são obtidas mamografias pós-procedimento para confirmar a localização apropriada do acessório, possibilitando ao cirurgião ressecar o leito tumoral com maior precisão e confiabilidade. O formato do clipe favorece uma ancoragem firme, que evita sua migração.
O mesmo clipe ainda pode ser utilizado para linfonodos axilares sabidamente metastáticos com o objetivo de monitorar a resposta linfonodal à QT-neo, de modo a tornar a ressecção axilar mais seletiva e menos agressiva.
Assessoria Médica |
---|
Dra. Bruna Thompson Jacinto Dra. Bruna Thompson Jacinto Dra. Giselle Guedes Netto de Mello [email protected] Dr. Luciano Chala [email protected] Dra. Márcia Mayumi Aracava [email protected] Dra. Bruna Thompson Jacinto [email protected] |
Dados da OMS de 2022 revelam que há cerca de 254 milhões de portadores de hepatite B no mundo.
Avaliação complementar da análise histológica convencional de lesões pré-neoplásicas e neoplásicas.
Pode ser utilizada para detectar o DNA da bactéria Leptospira spp. no plasma.
A uveíte é uma inflamação ocular que representa uma das principais causas de morbidade ocular.