Outros nomes: Cultura para Clostridium difficile, Cultura para anaeróbio nas fezes
- É necessário retirar um conjunto (kit) para coleta em uma das unidades do Fleury.
- As fezes devem ser colhidas em frasco sem conservador.
- Para crianças que não utilizam fralda ou adultos: evacuar diretamente no frasco plástico grande, fechar com a trava e colocar o frasco dentro do saco plástico tipo zip.
- Para crianças que utilizam fralda: transferir as fezes da fralda para o frasco plástico grande, fechar com a trava e colocar o frasco dentro do saco plástico tipo zip. Observação: O envio do material poderá ser realizado na própria fralda, que deverá ser mantida em temperatura ambiente e levada ao Fleury em até 6 horas após a coleta.
- O material deve ser entregue no Fleury até seis horas após a coleta, se transportado à temperatura ambiente, ou até 72 horas, se mantido sob refrigeração (2-8 ºC).
Processamento e adequação da amostra
- Enviar material no saco plástico, refrigerado, para a Seção de Microbiologia
Estabilidade da amostra
Temperatura ambiente: 6 horas;
Refrigerado (2-8 ºC): 3 dias;
Congelado (-20 ºC): 7 dias.
Hospitais
- Manter a amostra refrigerada (2-8 ºC) até encaminhar para a Seção de Microbiologia.
- Encaminhar refrigerada em saco plástico apropriado.
Plantão Noturno:
- Manter a amostra refrigerada (2-8 ºC) até encaminhar para a Seção de Microbiologia.
- Encaminhar refrigerada em saco plástico apropriado.
- A amostra é estável por até 6 horas à temperatura ambiente.
- A amostra é estável por até 72 horas quando conservada refrigerada.
- Cultura em meio seletivo
- Negativo
A cultura toxigênica é considerada o padrão ouro para diagnóstico da diarréia por C. difficile; entretanto tem a desvantagem do tempo necessário para sua execução que é de 3 a 5 dias.
Utilizando a cultura toxigênica como padrão ouro, oteste que isoladamente tem melhor desempenho (sensibilidade e especificidade) no diagnóstico das diarreias por C. difficile é a pesquisa do DNA do C. difficile nas fezes, por PCR em tempo real, utilizando-se o sistema GeneXpert. O tempo de análise no equipamento é de 45 minutos. A limitação é o custo elevado.
- Os consensos das sociedades americana e europeia de infectologia diferem quanto ao uso da PCR como ferramenta diagnóstica. Enquanto o consenso americano indica que a PCR pode ser utilizada isoladamente como teste para diagnóstico da diarreia por C. difficile, em paciente com pelo menos três evacuações com fezes não formadas em período de 24 horas (McDonald LC et al. Clinical Practice Guidelines for Clostridium difficile Infection in Adults and Children: 2017 Update by the Infectious Diseases Society of America (IDSA) and Society for Healthcare Epidemiology of America (SHEA). Clin Infect Dis. 2018;66(7):987-994.), a sociedade europeia de não recomenda seu uso isolado (Crobach MJ et al. European Society of Clinical Microbiology and Infectious Diseases: update of the diagnostic guidance document for Clostridium difficile infection.
Clin Microbiol Infect. 2016;22 Suppl 4:S63-81.).
Segundo o consenso europeu podem ser utilizados dois algoritmos para o diagnóstico das infecções por C. difficile. Um algoritmo tem como teste inicial a PCR e o outro tem como testes iniciais a pesquisa de GDH e toxinas A e B.
No algoritmo no qual a PCR é o primeiro teste, em caso de negatividade, não há necessidade de testes adicionais. Se a PCR for positiva, deve ser testada também a presença de toxinas A e B. Se o teste para toxinas for positivo, o diagnóstico é extremamente provável. Se for negativo, há necessidade de avaliação clínica, pois a positividade da PCR para C. difficile pode indicar apenas colonização.
No algoritmo que utiliza como primeiro passo a pesquisa de GDH e toxinas A e B, caso os dois testes sejam positivos, o diagnóstico é extremamente provável. Caso o teste seja positivo para GDH, mas negativo para as toxinas A e B, e o paciente apresente clínica compatível com infecção por C. difficile (diarreia), é recomendável realizar PCR ou cultura toxigênica para confirmação do diagnóstico. A vantagem do algoritmo com teste rápido para GDH e toxinas é o menor custo em comparação à PCR.
Em estudo realizado no Fleury, o teste C. diff Quik Chek Complete apresentou sensibilidade de 98,1% e especificidade de 90,7% para GDH, enquanto para o teste de toxinas A e B a sensibilidade foi de 65,0% e a especificidade foi de 97,0%.