Outros nomes:
Avaliação de fibras finas autonômicas. Colocação de eletrodos no tórax para registro do eletrocardiograma e avaliação do intervalo R-R. Avaliação da resposta sudomotora nas regiões palmares e plantares com eletrodos de superfície.
Técnicas disponíveis:
Variação da variabilidade do intervalo R-R durante repouso, inspiração profunda, manobra de valsava e mudança da posição deitada para ortostática
Reflexo cutâneo simpático
Análise espectral da frequência cardíaca
Variam de acordo com a faixa etária
E:I de 16 a 80 anos: entre >1,23 a >1,05; Valsalva de 16 a 70 anos: entre >1,50 a >1,35; 30:15 de 16 a 65 anos: entre >1,17 a >1,03
A avaliação autonômica completa permite o estudo do sistema nervoso simpático e parassimpático e está indicada em pacientes com sintomas de disautonomia (hipotensão postural, sudorese, constipação intestinal, entre outros) ou nas investigações de neuropatia autonômica em pacientes com diabetes mellitus ou outras doenças que cursam com comprometimento autonômico.
Idealmente o estudo deve ser interpretado em conjunto ao exame dos membros inferiores devido a possibilidade de neuropatia com comprometimento de fibras grossas. O exame não tem alcance para avaliação de fibras finas sensitivas (dor e temperatura).
I – Informações sobre o exame:
- Este procedimento avalia função do sistema nervoso simpático (fibras finas autonômicas) através das respostas sudomotoras palmo-plantares e do sistema cardiovagal parassimpático através da variação do intervalo R-R em diferentes situações (repouso, inspiração profunda, manobra de valsava e mudança da posição deitada para ortostática). Este exame não tem alcance para avaliação de fibras finas sensitivas.
II - Preparo
- Realizar o exame pela manhã. Não ingerir bebida alcoólica 24 horas antes. - Nas 48 horas antes do exame, é recomendado não fazer uso de medicações que interferem na avaliação cardíaca autonômica: anticolinérgicos diretos (atropina , escopolamina), antidepressivos, antihistamínicos, medicações para tosse ou gripe, diurétricos, alfa ou betabloqueadores, canabis medicinal, piridostigmina (Mestinon), midodrine, fluorohidrocortisona. A suspensão das medicações deve ser realizada APENAS sob orientação do médico do paciente. O uso de betabloqueadores (propranolol, atenolol e outros medicamentos da mesma classe) INVIABILIZA o registro da variabilidade da frequência cardíaca. Os demais interferentes podem prejudicar a análise, mas o exame pode ser realizado.
- Nas 8 horas que antecedem o exame: suspender o uso de produtos com cafeína (café, chá, refrigerantes, energéticos, medicamentos, etc.) e produtos com tabaco e nicotina (inclusive adesivos de pele).
- No dia do exame o cliente deve alimentar-se normalmente (exceto café, chocolate ou produtos listados no item anterior). Caso o exame seja após uma refeição, priorizar alimentos leves e de fácil digestão. O cliente deve chegar com antecedência de 40 minutos na unidade, deve estar calmo, tranquilo e sem fazer atividade física. Evitar a aplicação de cremes ou pomadas na região do tórax.
- É necessário listar todas as medicações de uso contínuo.
- É necessário apresentar resultados de exames anteriores, se os mesmos foram realizados fora do Grupo Fleury (eletroneuromiografia, liquor, tomografia ou ressonância de coluna, biópsia de nervo ou músculo).
III - Interferentes
- Não é possível uma avaliação adequada deste exame nas seguintes condições: uso de betabloqueadores, arritmias cardíacas frequentes (mais de 6 extrassístoles por minuto), fibrilação atrial, marca-passo cardíaco, tremores acentuados ou pacientes não colaborativos.