Outros nomes: Gonioscopia de ambos os olhos ou bilateral ou binocular, Análise qualitativa do ângulo da câmara anterior, ambos os olhos ou bilateral, Medida do ãngulo da câmara anterior, ambos os olhos ou bilateral ou binocular, Análise do ângulo da câmara anterior, ambos os olhos ou bilateral ou binocular, Avaliação do seio camerular, ambos os olhos ou bilateral ou binocular, Abertura do ângulo, ambos os olhos ou bilateral ou binocular, Abertura do seio camerular, ambos os olhos ou bilateral ou binocular, Avaliação gonioscópica, ambos os olhos ou bilateral ou binocular
I - Preparo
- Pessoas que usam lentes de contato precisam retirá-las no momento do exame, podendo voltar a utilizá-las algumas horas após o término do procedimento.
- Não há necessidade de suspender medicamentos e colírios antes da gonioscopia.
II - Observações
- Exame realizado em crianças a partir de 6 anos de idade.
- O exame é tecnicamente difícil em crianças pequenas ou pouca colaborativas.
- É necessário trazer solicitação médica.
- O exame não é feito em pacientes sintomáticos, suspeitos ou confirmados para COVID-19.
- O exame é realizado com a ajuda do biomicroscópio ou da lâmpada de fenda. Avalia o ângulo da câmara anterior, da íris e da superfície do cristalino com lentes de aumento em contato com a córnea, as quais funcionam como espelhos angulados. O ângulo da câmara anterior é quantificado em aberto, estreito ou fechado, orientando o diagnóstico e o tratamento de casos de glaucoma.
- A gonioscopia costuma ser mais freqüentemente solicitada para diagnosticar glaucoma e acompanhar os portadores dessa doença, uma vez que pode ajudar a determinar o tipo de glaucoma - agudo, crônico, de seio estreito ou amplo, pigmentário, pseudoesfoliativo, congênito ou secundário - por meio da observação das características apresentadas ao exame. De acordo com esse diagnóstico, já que cada tipo evolui de forma distinta e responde de maneira diferente a medicamentos, institui-se determinado tratamento.
- O exame também está indicado em casos de cistos na íris, de aderências da íris secundárias a processos inflamatórios e hemorrágicos e de tumores de íris e corpo ciliar, além de ser utilizado no pós-operatório de várias cirurgias intra-oculares - catarata, glaucoma e transplante de córnea, retina e vítreo - e também no seguimento de traumatismos.
- Procedimentos cirúrgicos intra-oculares e traumatismos podem gerar glaucoma secundário. No caso de cirurgia de catarata com glaucoma secundário, a gonioscopia identifica sítios de aderência ou deslocamento da lente intra-ocular. Já em cirurgias de glaucoma, detecta a permeabilidade (funcionalidade) ou a obstrução da lente, localizando o ponto obstruído para possibilitar a recuperação da intervenção. Por fim, em cirurgias de vítreo e retina com utilização de materiais implantados, o exame pode revelar a presença de corpo estranho no segmento anterior (por exemplo, óleo de silicone). Por sua vez, o traumatismo pode causar a perda da inserção da íris e do corpo ciliar, cuja extensão e localização a gonioscopia consegue diagnosticar.
- Cistos, tumores, sinéquias decorrentes de uveíte ou processos hemorrágicos podem causar obstrução do trabeculado e alterar a drenagem do humor aquoso, aumentando a pressão ocular. Em tais situações, identificar a origem da obstrução orienta o tratamento, que, no caso de cistos, tumores e aderências, é feito com laser, cirurgia ou radioterapia.
- Ângulo da câmara anterior para análise do trabeculado, estrutura responsável pela drenagem do humor aquoso, íris e da superfície anterior do cristalino e posterior da córnea.