Manual de exames

Hemocromatose Hereditária, Mutações do gene HFE, sangue total

Outros nomes: Pesquisa das mutações da hemocromatose hereditária, PESQUISA DO GENE HFE DA HEMOCROMATOSE HEREDITARIA, Pesquisa das mutações C282Y e H63D da hemocromatose, PESQUISA DAS MUTACOES C282Y, S65C E H63D DA HEMOCROMATOSE, Mutações C282Y e H63D hemocromatose hereditária, Mutações do gene HFE hemocromatose hereditária, Pesquisa das mutações hemocromatose hereditária, Hemocromatose hereditária mutações C282Y, S65C e H63D

Este exame não precisa ser agendado

Processamento e adequação da amostra

- Receber a amostra em embalagem REF e mantê-la nesta condição até a manipulação.

- Não manusear.
- Enviar à seção, refrigerado


Estabilidade da amostra:
Temperatura ambiente: não aceitável;
Refrigerada (2-8 ºC): 48 horas;
Congelada (-20 ºC): não aceitável.

Método

- Detecção simultânea das mutações 845G>A (C282Y), 187C>G (H63D) e 193A>T (S65C) no gene HFE por Reação em Cadeia da Polimerase em tempo real (qPCR).

Valor de referência

- Ausência das Mutações 845G>A (C282Y), 187C>G (H63D) e 193A>T (S65C).

Interpretação e comentários

- O teste serve para a identificação das mutações C282Y (c.845G>A), H63D (c.187C>G) e S65C (c.193A>T) no gene HFE associadas à hemocromatose hereditária (HH). A HH é uma doença genética, autossômica recessiva, caracterizada pela absorção elevada de ferro no intestino, depósito do metal em diversos tecidos e consequente lesão de órgãos - alvo. A sobrecarga de ferro pode causar cirrose hepática, carcinoma hepatocelular, diabetes mellitus, artropatia e cardiomiopatia. Tais complicações podem ser evitadas por flebotomia e os pacientes têm uma expectativa de vida normal se tratados antes que os danos ocorram. A prevalência da HH é de 2 a 4 acometidos homozigotos por mil habitantes, o que a torna uma das doenças genéticas mais frequentes em várias populações, como as do Canadá, EUA, França, Inglaterra e Alemanha, entre outras. Os heterozigotos, em geral assintomáticos, representam cerca de 10% dos indivíduos caucasoides . No Brasil, não há estudos amplos de prevalência da HH.
Em indivíduos com sintomas clínicos consistentes com HH ou evidência bioquímica de sobrecarga de ferro, o diagnóstico de HH é tipicamente baseado nos resultados de saturação de ferro da transferrina e concentração de ferritina sérica. O teste molecular pode ser feito para confirmação do diagnóstico. A maioria dos pacientes com HH tem mutações no gene HFE, porém um teste HFE negativo não exclui o diagnóstico de sobrecarga de ferro ou hemocromatose.
A mutação mais frequente no gene HFE é a C282Y (c.845G>A). Homozigose para esta mutação está associada à 60% a 90% de todos os casos de HH. Adicionalmente, 3% a 8% dos indivíduos com HH são heterozigotos para esta mutação. Estas frequências variam de acordo com a população estudada, sendo a maior frequência entre descendentes de europeus. A penetrância da mutação para elevação do ferro sérico entre homozigotos para a mutação C282Y é alta, mas não é total. Por outro lado, a associação destas mutações com complicações clínicas como diabetes mellitus, cirrose hepática e cardiomiopatia é baixa. Não há testes que possam predizer se um indivíduo homozigoto para C282Y ira ou não desenvolver sintomas clínicos.
A mutação H63D (c.187C>G) está associada a hemocromatose hereditária, mas os efeitos da sua presença são incertos. A homozigose para H63D é insuficiente para causar sobrecarga de ferro clinicamente significante na ausência de outros fatores de risco. Entretanto, a heterozigose composta para C282Y/H63D está associada ao aumento das concentrações hepáticas de ferro. Mesmo que a maioria dos indivíduos com este genótipo apresente aumento dos índices corporais de ferro, apenas cerca de 1% a 2% deles desenvolverão evidências clínicas da sobrecarga de ferro.
O significado clínico da mutação HFE S65C (c.193A>T) é, aparentemente, mínimo. Esta variante é rara e apresenta baixa penetrância para sobrecarga de ferro. Heterozigose composta para C282Y e S65C pode estar associada a baixo ou moderado risco de HH. A associação das mutações S65C e H63D não parecem implicar em aumento de risco de HH.

O teste desenvolvido no Fleury utiliza o método de PCR em tempo real, que possibilita a análise simultânea das três alterações genéticas do HFE mencionadas: C282Y (c.845G>A), H63D (c.187C>G) e S65C (c.193A>T).




Orientações necessárias

Este exame não necessita de preparo.

Para saber sobre estes exames e como realizar, acesse:
https://www.fleurygenomica.com.br/

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