Manual de exames

Peniscopia

Outros nomes: Genitoscopia masculina, Peniscopia completa, Peniscopia com magnificação de imagem

Este exame precisa ser agendado

Orientações necessárias

I - Critérios de realização
- Exame realizado somente com solicitação médica.
- Caso haja também solicitação de exames de sangue com jejum, a coleta precisa ser feita antes da peniscopia, para que o cliente possa se alimentar primeiro. Neste caso, é necessário chegar ao Fleury uma hora antes do horário marcado para o procedimento.
- Não realizamos exames em clientes alérgicos à látex, não seguir com atendimento. Orientar agendamento em ambiente hospitalar.

II - Interferentes
- Se houver exames com coleta de esperma ou secreção uretral, esses procedimentos devem ser realizados um dia antes ou dois dias depois à da peniscopia, para que não ocorra interferência na avaliação.

III - Observação
- Havendo necessidade ou solicitação de biópsia, o procedimento será cobrado à parte.

2 - Orientação interna
I - Exame
- Quando houver exames com coleta de esperma, secreção uretral e pesquisa de treponema, estes devem ser colhidos em data anterior ao da peniscopia, para que não haja interferência no exame.
- Se solicitado PENSC com biópsia, lançar e cobrar BIOPURET e ANATPATP, informar cliente que o valor será cobrado por lesão.
- Se houver coleta de urina +PENSC, esta poderá ser realizada até uma hora antes da PENSC / CITAP
- Se além da coleta de urina for ser realizada coleta de material por raspagem uretral, esta poderá ser realizada no mesmo dia, mas deverá ocorrer ao menos duas horas após PENSC / CITAP .
- Se solicitado somente PESQUISA PARA HPV ou PESQUISA PARA PAPILOMAVIRUS deverá constar no pedido médico por qual método será realizada essa pesquisa. No Fleury é realizado por HIBRIDIZAÇÃO IN SITU e por CAPTURA HIBRIDA (PCR).
- Se solicitado também a HIBRIDIZAÇÃO PARA HPV ou HIBRIDIZAÇÃO IN SITU PARA HPV ou HIBRIDIZAÇÃO IN VITRO PARA HPV lançar a sigla HIS-HPV
- Se solicitado também a CAPTURA HIBRIDA PARA HPV ou PCR PARA HPV ou GENOTIPAGEM PARA HPV lançar a sigla HPVCAP
- Se solicitado PENSC com Cauterização não realizamos.
- Não realizamos exames em clientes alérgicos à látex, não seguir com atendimento. Orientar agendamento em ambiente hospitalar.

II - Abertura de ficha
- Se solicitado biópsia, lançar e cobrar BIOPURET e ANATPATP.
- Caso o cliente solicite que a análise anatomopatológica do material retirado seja feita fora do Fleury, agendar o exame sem abertura de ANATPATP e avisar o cliente que ele assinará na sala de exames uma "Declaração de retirada de material". O impresso "Retirada de Material colhido por Biópsia - Orientações e Registro" contendo as orientações a serem dadas ao cliente e registro de informações a serem enviadas por e-mail ao Grupo Produtos, encontra-se nas Pastas Públicas/ Todas as Pastas/ Atendimento/ Impressos do Atendimento, subpastas Formulários Análises Clin e AP e Formulários IMAGEM e CD.

3 - Preparo
Assistência de Enfermagem:
- Preparar a mesa auxiliar com os seguintes materiais:
- 2 lâminas foscas com silane identificadas com nome completo, no. da ficha, região da coleta uretral e do prepúcio/glande e data;
- 1 par de luvas de procedimento,
- 1 escova citobrush;
- 1 alça uretral azul descartável;
- 1 ampola de soro fisiológico 0,9%;
- 1 pipeta estéril descartável;
- fixador,
- lençol descartável.
- Na bacia da gaveta colocar 1 frasco de ácito acético e gaze estéril.
- Montar o balcão com 1 porta lâmina;
- 1 folha de papel toalha para as lâminas;
- 1 alça de cautério;
- 1 estojo de biópsia;
- 1 frasco de formol AP;
- material para anestesia (seringa insulina com respectiva agulha, lidocaína injetável a 2%, algodão, PVPI tópico;
- Atender o cliente conforme ITR-ENF-4.09.003.
- Orientar para tirar as roupas abaixo da cintura e fornecer o propé.
- Encaminhar e posicionar o paciente na mesa em posição urológica com os braços sob a nuca.
- Cobrir o abdome com lençol descartável dobrado.
- Colocar o par de lâminas sobre o mesmo.
- Chamar o médico e auxiliá-lo durante o procedimento.
- Fixar as lâminas, utilizando a luva de procedimentos e colocar na caixa com ranhura.
- Verificar os documentos (comprovantes, assinatura etc.) e dispensar o cliente.
- Verificar os materiais e as folhas de trabalho, providenciando as folhas de biópsia incluídas.


4 - Método
- Visualização por meio de microscópio cirúrgico da glande, meato uretral, prepúcio, corpo do pênis, escroto e região perineal, após aplicação local de ácido acético a 5 %, associada à coleta de material para citologia, biologia molecular e biópsia de lesões suspeitas, quando necessário.

5 - Equipamento
- Microscópio acoplado a uma câmera de vídeo e equipamento de documentação.
6 - Descrição do exame
- O exame é realizado pelo médico com um microscópio acoplado a uma câmera de vídeo. O monitor também é visível para o paciente, que pode, durante o próprio exame, receber informações a respeito de eventuais achados. As áreas principais e os aspectos alterados são fotografados. Essas fotos, seguem junto com o relatório escrito detalhado de cada região anatômica do pênis para o médico solicitante do exame.

7 - Interpretação e comentário médico
- Nos últimos anos, acumularam-se várias evidências da relação entre os papilomavírus (HPV) e diversas neoplasias genitais, notadamente o carcinoma do colo uterino e, em menor escala, do pênis, além de existirem relatos recentes da mesma associação nos casos de neoplasia da uretra feminina e da região perianal e anal. O mecanismo do aparecimento de tais cânceres seria por meio de uma provável inibição das proteínas p53 e RB por alguns desses vírus, sobretudo o HPV-16 e o HPV-18, facilitando o desenvolvimento de lesões pré-neoplásicas e neoplásicas. Dados americanos apontaram um incremento de 47% na incidência dessa infecção em um período de dez anos no fim da década de 80, além do encontro de coilocitose em 6% das colpocitologias oncóticas americanas no período de um ano. Quase invariavelmente, o diagnóstico é feito primeiro na mulher, pela conjunção da colpocitologia oncótica, da colposcopia, da biópsia e de métodos moleculares.
- O parceiro masculino, quando investigado, pode apresentar lesões em cerca de 60% a 70% dos casos. O diagnóstico fica bastante sensibilizado quando se utiliza a peniscopia, que é o exame dos genitais com magnificação de 10 a 25 vezes após a aplicação local de ácido acético. No Fleury, o exame está associado à citologia da região (escovado da glande/prepúcio e da fossa navicular uretral). A biópsia das lesões acuminadas (verrucosas) e das chamadas lesões acetopositivas papulares é muito útil para o diagnóstico. Em algumas situações, os estudos histológico e citológico podem contar com a incorporação de técnicas moleculares, como a hibridação in situ, nos espécimes de biópsia, e a captura híbrida, geralmente em escovado da glande e do prepúcio interno, da uretra ou diretamente da lesão suspeita.
- Além de diagnosticar lesões decorrentes da infecção pelo HPV, a peniscopia também tem utilidade na investigação de outras balanites recorrentes, complicadas ou refratárias aos tratamentos habituais, bem como nas alterações dermatológicas que podem acometer os genitais, causando apreensão e disfunção sexual. Apesar da menor incidência de problemas oncogênicos no homem, contrariamente ao que ocorre na mulher, as lesões masculinas também podem apresentar transformação, como a neoplasia intra-epitelial peniana. Além disso, o homem funciona como vetor indiscutível do vírus e existe a possibilidade de que suas lesões cresçam e se multipliquem, como é o caso das acuminadas múltiplas.

Método

- Visualização por meio de microscópio cirúrgico da glande, meato uretral, prepúcio, corpo do pênis, escroto e região perineal, após aplicação local de ácido acético a 5 %, associada à coleta de material para citologia, biologia molecular e biópsia de lesões suspeitas, quando necessário.

Valor de referência

- Ausência de lesões e demais exames conexos sem evidências de alterações e/ou presença de atividade viral (vide exames específicos).

Interpretação e comentários

- Nos últimos anos, acumularam-se várias evidências da relação entre os papilomavírus (HPV) e diversas neoplasias genitais, notadamente o carcinoma do colo uterino e, em menor escala, do pênis, além de existirem relatos recentes da mesma associação nos casos de neoplasia da uretra feminina e da região perianal e anal. O mecanismo do aparecimento de tais cânceres seria por meio de uma provável inibição das proteínas p53 e RB por alguns desses vírus, sobretudo o HPV-16 e o HPV-18, facilitando o desenvolvimento de lesões pré-neoplásicas e neoplásicas. Dados americanos apontaram um incremento de 47% na incidência dessa infecção em um período de dez anos no fim da década de 80, além do encontro de coilocitose em 6% das colpocitologias oncóticas americanas no período de um ano. Quase invariavelmente, o diagnóstico é feito primeiro na mulher, pela conjunção da colpocitologia oncótica, da colposcopia, da biópsia e de métodos moleculares.
- O parceiro masculino, quando investigado, pode apresentar lesões em cerca de 60% a 70% dos casos. O diagnóstico fica bastante sensibilizado quando se utiliza a peniscopia, que é o exame dos genitais com magnificação de 10 a 25 vezes após a aplicação local de ácido acético. No Fleury, o exame está associado à citologia da região (escovado da glande/prepúcio e da fossa navicular uretral). A biópsia das lesões acuminadas (verrucosas) e das chamadas lesões acetopositivas papulares é muito útil para o diagnóstico. Em algumas situações, os estudos histológico e citológico podem contar com a incorporação de técnicas moleculares, como a hibridação in situ, nos espécimes de biópsia, e a captura híbrida, geralmente em escovado da glande e do prepúcio interno, da uretra ou diretamente da lesão suspeita.
- Além de diagnosticar lesões decorrentes da infecção pelo HPV, a peniscopia também tem utilidade na investigação de outras balanites recorrentes, complicadas ou refratárias aos tratamentos habituais, bem como nas alterações dermatológicas que podem acometer os genitais, causando apreensão e disfunção sexual. Apesar da menor incidência de problemas oncogênicos no homem, contrariamente ao que ocorre na mulher, as lesões masculinas também podem apresentar transformação, como a neoplasia intra-epitelial peniana. Além disso, o homem funciona como vetor indiscutível do vírus e existe a possibilidade de que suas lesões cresçam e se multipliquem, como é o caso das acuminadas múltiplas.

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