Outros nomes: Sequenciamento gene GLA, Pesquisa mutação para doença de Fabry, Fabry análise molecular, Teste molecular para doença de Fabry, Estudo gênico doença de Fabry
Não é necessário preparo para este exame;
Este exame é realizado somente com solicitação médica;
Menores de 18 anos devem estar acompanhados de um adulto responsável para a realização do exame;
O cliente deve entregar no dia da coleta o Questionário preenchido e assinado por ele e pelo médico solicitante (Geneticista ou de outra especialidade);
Esse Questionário pode ser retirado em qualquer unidade ou solicitado por email para [email protected] (o email será respondido em até 48h);
Caso não seja possível ter o Questionário preenchido pelo médico solicitante, o Fleury oferece de maneira OPCIONAL a consulta de aconselhamento genético, a fim de preencher o questionário e esclarecer eventuais dúvidas do exame;
Este exame não necessita de agendamento prévio ou qualquer tipo de preparo;
Para saber mais sobre este exame e como realizar, acesse www.fleurygenomica.com.br.
Restrições:
Amostra de sangue: não necessário jejum
Amostra de saliva ou swab Nos 30 minutos anteriores a coleta da saliva ou swab, não beber, comer, fumar, mascar chicletes, escovar os dentes ou inserir qualquer objeto na boca.
Amostras de saliva ou swab: Para coleta com este material, se faz necessário agendamento prévio. Para maiores informações sobre as formas e locais de coleta, contatar a equipe de Genômica nos Canais:
Telefone: (11) 3003-5001
WhatsApp: (11) 3003-5001
E-mail: [email protected]
Não manipular
- Se amostra colhida em EDTA, enviar o material refrigerado para setor de Métodos Moleculares acompanhado do Questionário original preenchido;
- Se a amostra colhida for saliva ou swab, enviar o material em temperatura ambiente para setor de Métodos Moleculares acompanhado do Questionário original preenchido;
- Rejeitar amostras de sangue colhidas em tubo com heparina ou qualquer tubo que não esteja de acordo com o solicitado no procedimento de coleta;
Estabilidade da amostra de sangue:
Temperatura ambiente: 72 horas;
Refrigerada (2-8 ºC): 5 dias;
Congelada (-20 ºC): não aceitável.
Estabilidade da amostra de saliva ou swab:
Temperatura ambiente: 30 dias
Refrigerada (2-8ºC): 30 dias
Congelada (-20ºC): não aceitável"
Sequenciamento completo (NGS - sequenciamento de nova geração) de todas as regiões codificantes e regiões flanqueadoras adjacentes aos exons do gene GLA.
- O resultado será acompanhado de um relatório interpretativo
A Doença de Fabry é uma condição causada por alterações patogênicas no gene GLA, o que leva à deficiência parcial ou total da enzima lisossomal alfa-galactosidase e afeta cerca de 1 em cada 80.000 indivíduos nascidos vivos. O gene GLA encontra-se no cromossomo X e mais de 400 variantes patogênicas foram descritas ao longo dos 7 éxons que compreendem sua região codificante. A deficiência enzimática tem como resultado um acúmulo progressivo de globotriaosilceramida (GL-3) nos tecidos e no plasma. A forma clássica ocorre em indivíduos do sexo masculino entre a infância e adolescência, com atividade da enzima -Gal A menor que 1%, sendo caracterizada por crises periódicas de fortes dores nas extremidades (acroparesterias), leões vásculo-cutâneas (angioqueratomas), intolerância aos esforços com alterações do padrão de suor no controle da temperatura corporal (anidrose, hipohidrose ou hiperhidrose), opacidades lenticulares da córnea e proteinúria. Deterioração progressiva da função renal até insuficiência renal terminal ocorre entre a 3a e 5a décadas. A miocardiopatia hipertrófica progressiva é a principal causa de morbimortalidade nos pacientes com mais de 30 anos, que se submeteram ao tratamento da IRC. Doenças cerebrovasculares como acidente vascular encefálico multifocal de pequenos vasos, ataque isquêmico transitório, isquemia da artéria basilar e aneurismas já foram descritos e ocorrem em aproximadamente 13% dos indivíduos afetados. O diagnóstico molecular através do sequenciamento completo do gene GLA é suficiente em 95% dos casos, sendo necessária a pesquisa de rearranjos gênicos nos 5% restantes. As manifestações clínicas em mulheres portadoras de mutações em heterozigose variam de assintomáticas até quadros graves como os encontrados nos homens afetados. Mulheres portadoras de mutações em heterozigose podem apresentar atividade da enzima -Gal A na faixa de normalidade, portanto dá-se preferência ao teste molecular nestes casos. O tratamento d. Fabry envolve o controle dos sintomas neurológicos com difenilidantoína e carbamazepina. Para o controle da evolução da IRC são usados inibidores de ECA e bloqueadores do receptor de angiotensina, sendo necessário entretanto, hemodiálise e transplante renal. A terapia de reposição enzimática (TRE) com enzima recombinante é oferecida em 2 formatos: agalsidase beta 1mg/kg a cada 2 semanas e agalsidase alfa 0,2mg/kg, também a cada 2 semanas. Este tratamento mostrou algum controle dos sintomas e progressão da doença, principalmente em relação à função renal. Entretanto, estudos recentes evidenciaram a formação de anticorpos contra as enzimas recombinantes em homens tratados. Ademais, grandes cohortes de pacientes tem demonstrado efeito limitado da TRE na expectativa de vida de indivíduos tratados se comparados aos controles.