Manual de exames

Triclorocompostos, totais, urina

Outros nomes: Triclorocompostos totais na urina, Tricloroetano, Vinil tricloreto, Etano tricloreto, Metil cloroformio, Clorotene, Estrobano, Tricloroetileno, Triclene, Neutri

Este exame não precisa ser agendado

Orientações necessárias

- Este exame é ocupacional, devendo ser realizado SOMENTE em amostra de urina pós-jornada, colhida no fim do turno do último dia da semana de trabalho.

- O cliente deve ficar 4 horas sem urinar antes de colher a amostra.
- Não ingerir bebidas alcoólicas nas últimas 72 horas.
- O cliente deve informar os tipos de produtos químicos aos quais esteve exposto nos últimos sete dias.

- A coleta não pode ser feita no posto de trabalho. Quando feita nas dependências da empresa, deve ser feita no ambulatório ou em outro ambiente limpo e sem contaminação.
- Antes da coleta, deve ser feita rigorosa higiene das mãos.
- Não usar a vestimenta usual de trabalho ao coletar esse exame.

- Material colhido fora do Fleury
- O cliente deve retirar, na unidade de atendimento, o frasco adequado e a folha de instrução para a coleta do material.
- A amostra pode ser entregue em até 1 hora em temperatura ambiente.



Processamento e adequação da amostra

- Verificar se a amostra foi enviada em frasco cristal de tampa branca. Caso não seja esse o frasco, solicitar nova coleta.
- Não manipular.
- Enviar refrigerado.
- Volume mínimo de 20 mL.


Estabilidade da amostra:
Ambiente: 1 hora;
Refrigerada (2-8 ºC): 6 dias;
Congelada (-70 ºC): não aceitável.



Método

Espectrofotometria UV/VIS

Valor de referência

VALOR DE REFERÊNCIA:

Exposição a 1,1,1-Tricloroetano: Inferior a 10,0 mg/L
(Valor do IBE/EE*, NR-7, 2020)
Exposição a Tricloroetileno: Inferior a 15,0 mg/L
(Valor do IBE/EE*, NR-7, 2020)



Interpretação e comentários

O triclorocompostos se apresentam na forma líquida, incolor, com odor semelhante ao clorofórmio.
Utilidade
- A determinação dos triclorocompostos totais objetiva monitorizar os indivíduos expostos no ambiente do trabalho aos solventes tricloroetileno e tricloroetano (metilclorofórmio).

Ocorrência, absorção e excreção
- A exposição ao tricloroetileno e ao tricloroetano está relacionada com as atividades ocupacionais descritas abaixo:
-- o tricloroetileno é utilizado como solvente e desengraxante na limpeza de peças metálicas, na produção de borrachas, na extração de óleo e de gorduras de produtos vegetais, no líquido de limpeza de lentes de contato, em produtos para lavagem a seco (roupas, automóveis, etc.), em produtos de limpeza, como removedores e fluidos para carpetes, e nas indústrias química e têxtil, analgésico e anestésico;
-- já o tricloroetano (metilclorofórmio) é usado como desengraxante na limpeza de peças metálicas e como solvente de tintas e colas, além de entrar na composição de aerossóis e de produtos para lavagem a seco.
- As vias de entrada são: inalatória, ingestão e contato cutâneo A porção de tricloroetileno retida no organismo por meio de inalação, aproximadamente 55%, tem um metabolismo lento, sendo excretada em três semanas. Metabolismo hepático (cit P450) O ácido tricloroacético, um de seus principais metabólitos, possui uma meia-vida de cerca de quatro dias. Em torno de 15% do solvente é exalado inalterado.
- Por sua vez, o tricloroetano apresenta meia-vida de aproximadamente oito horas e meia e exalação inalterada em grande proporção (70%). Ao ser.metabolizado, esse composto se transforma em tricloroetanol e, posteriormente, em ácido tricloroacético (0,5% da dose inicial).

Efeitos adversos
- A exposição por curto período ao tricloroetileno e ao tricloroetano pode causar depressão do sistema nervoso central e dermatite. Pode também, irritação respiratória, sendo que nos casos graves levar a edema pulmonar. A ingestão pode provocar náuseas, vômitos, irritação trato digestório e dores abdominais.
- Já a exposição crônica ao tricloroetileno provoca efeitos como narcose, neuralgia do trigêmeo, parestesia facial e fraqueza dos músculos envolvidos na mastigação. Se o indivíduo ficar exposto cronicamente a baixas concentrações do composto, existe a possibilidade de desenvolver disfunção subclínica de nervos periféricos. Em tais casos, porém, a eletroneuromiografia mostra melhor sensibilidade diagnóstica. Outras raras manifestações incluem tremor, ataxia e disfunção óptica. Pode também causar lesões na pele (ressecamento, fissuras e eczema).
- Por fim, a exposição crônica ao tricloroetano costuma ocasionar lesão renal, evidenciada por elevação do nível de creatinina, ureia e proteína transportadora do retinol, e lesão do fígado, demonstrada por elevação das enzimas hepáticas.

- Observações importantes:
- A ingestão de etanol (álcool) em período coincidente com o da exposição inibe a metabolização desses solventes e, por conseguinte, diminui sua excreção.
- Em caso de ocorrer exposição simultânea ao tricloroetileno e ao tricloroetano ou também em associação com o tetracloroetileno, recomenda-se realizar avaliação ambiental.

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