Atividade física: sinônimo de saúde | Revista Fleury Ed. 19

A prática de exercícios é importante mesmo em casos de problemas crônicos de saúde.


A prática de exercícios é importante mesmo em casos de problemas crônicos de saúde.

A prática de uma atividade física regular, adequada às necessidades e particulari­dades de cada pessoa, é essencial para a manutenção de um estilo de vida sau­dável. E, ao contrário do que se acreditava antiga­mente, o exercício físico é também fundamental para pessoas com algumas doenças reumatológi­cas, como a artrite reumatoide e a osteoartrose. Se essas atividades forem feitas com a orientação de um médico especializado em esportes e um reu­matologista, podem melhorar a vida da pessoa, di­minuir as crises de dor e incrementar o ganho de condicionamento físico com força muscular.

“Antes, os médicos tinham muito medo de que pessoas com essas doenças fizessem atividade física. Mas, hoje, já temos muitos estudos mos­trando que a prática é segura e benéfica”, explica Manoel Tavares Neves Junior, reumatologista do Fleury Medicina e Saúde e da Faculdade de Medi­cina da Universidade de São Paulo.

Para uma atividade física segura nestes casos, o essencial, afirma o reumatologista, é que o exer­cício seja individualizado e prescrito pelo médico especialista, levando em conta a idade da pessoa, o condicionamento físico, a condição muscular e ós­sea e a gravidade da doença. Dessa maneira, não há fórmulas genéricas: para algumas pessoas, a mus­culação pode ser o melhor. Para outras, o mais in­dicado pode ser fazer uma caminhada ou natação.

Regularidade faz a diferença

Os especialistas ressaltam que o exercício físico deve ser priorizado como uma forma de tratamen­to, e a prática e regularidade prescritas pelo profis­sional fazem toda a diferença. “O ideal é que a pes­soa siga as orientações e realize a atividade física como um tratamento, como se estivesse seguindo a bula de um remédio. Se o exercício for prescrito três vezes por semana durante 40 minutos, é essa a quantidade que ela deverá fazer. Nem mais, nem menos”, aponta o reumatologista e médico do esporte, Fábio Jennings, da Universidade Fe­deral de São Paulo (Unifesp).

Os médicos afirmam que as dores de quem tem essas doenças reumatológicas não pioram com os exercícios. “Pesquisas mostram que estimular as estruturas não inflamadas dá força ao local ‘doente’ e ajuda no tratamento”, acrescenta Páblius Staduto Braga Silva, médico do esporte do Fleury.

Portanto, para se ter uma boa qualidade de vida, é imprescindível a associação entre um bom acompanhamento médico, a medicação correta e uma rotina de exercícios físicos personalizada.