Cuidado para não engasgar com espinhas nas festas

Frase escrita em placa em restaurante de Punta Del Este (Uruguai) registra: “Mentir y comer pescado requieren de cuidado” (Mentir e comer peixe requerem cuidado). De fato, em festas de final de ano é relativamente comum as pessoas chegarem ao pronto-socorro com uma espinha de peixe “entalada”, fato que pode estragar a confraternização e provocar desconforto.

Claudia Eckley, otorrinolaringologista do Fleury Medicina e Saúde, alerta que, de fato, quando uma espinha de peixe ou outro corpo estranho qualquer se aloja na garganta (faringe e esôfago), a pessoa não deve empurrar com o dedo, pois isso pode aprofundá-la ainda mais, dificultando a remoção.

A espinha de peixe também pode alojar-se nas amígdalas, por apresentarem criptas (buracos) pronunciadas. Pode também estar localizada entre a base da língua e o espaço entre o final da língua e a epiglote (""tampa da laringe""). “Felizmente, o que mais ocorre é a passagem da espinha arranhando a garganta, e depois passando pelo esôfago e pelo estômago, sendo eliminada sem maiores problemas”, afirma a médica. “Mas o arranhado pode incomodar durante muitos dias, o que leva o paciente a procurar o médico”, completa.

Além de não tentar empurrar a espinha com o dedo, o paciente, caso acredite que se trata de uma espinha pequena, pode tentar engolir um pedaço de miolo de pão. Caso esse procedimento não resolva ou se a dor localizada persistir, deve procurar imediatamente um médico especialista para a retirada da espinha.

Sobre o Fleury Medicina e Saúde
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