Década de 1950 | Revista Fleury Ed. 36

90 anos trazendo o melhor da medicina para você

Desde os anos 1920, quando foi fundado, o Fleury acompanha as principais evoluções da medicina para oferecer os melhores serviços

1950

O bom e o mau colesterol
A equipe do pesquisador norte-americano John Gofman investiga as lipoproteínas (moléculas que contêm gordura e proteína) e definem, pela primeira vez, o papel dos dois tipos de colesterol, o HDL e o LDL, em doenças cardíacas. Foram esses cientistas que descobriram que o infarto do miocárdio estava relacionado à presença elevada de LDL no sangue e que, por outro lado, havia uma relação inversa entre a concentração de HDL e as doenças coronarianas.

1951

Diagnóstico mais preciso
O Fleury torna-se o primeiro laboratório do país a oferecer a especialidade de anatomia patológica, na qual doenças são diagnosticadas pelo estudo de células ou tecidos no microscópio.


1953

O DNA mostra sua cara
Em abril de 1953, o norte-americano James Watson e o inglês Francis Crick descrevem, pela primeira vez, a estrutura do DNA como uma dupla hélice (e sugerem que isso seja um mecanismo de cópia do material genético) em um artigo publicado na revista Nature. Esse foi o primeiro passo para várias descobertas científicas nas décadas seguintes, como a clonagem e a expressão dos genes, o sequenciamento do genoma
e o isolamento de micro-organismos.  


Hemograma automatizado
O hemograma (exame de sangue) era analisado manualmente até o engenheiro norte-americano Wallace Coulter inventar a primeira máquina para fazer a contagem das células sanguíneas automaticamente. Até então, o exame levava horas para ser feito. Métodos como a observação visual das células ao microscópio deixavam a análise suscetível a erros de cálculo, aferição, de identificação da amostra e até de digitação do resultado.

HOJE,

com equipamentos automatizados e integrados a um sistema de tecnologia da informação, o Fleury realiza um hemograma rapidamente, com alto grau de confiabilidade. Depois, o resultado é automaticamente liberado e fica disponível na internet. Se algum parâmetro estiver em desacordo, um alerta é emitido pelo sistema para que um técnico avalie o que aconteceu e decida se é necessário fazer algum teste adicional ou pedir assessoria a um médico. O sistema identifica cada amostra por um código de barras, evitando o risco de trocas.

Outro avanço importante são os analisadores de imagem automatizados, que localizam e pré-classificam vários tipos de leucócitos, por exemplo, para que sejam identificados com mais exatidão e em menos tempo. Na tela do computador, essas imagens podem até ser transmitidas quando é necessário discuti-las a distância – é a telemedicina sendo aplicada no Fleury.

Veja o infográfico sobre o caminho do sangue na edição 32 da Revista Fleury. Acesse fleury.com.br/saude-em-dia

1955

Radiação contra tumores
O norte-americano Henry Kaplan, médico especializado em radiologia e pioneiro da radioterapia inventa um acelerador linear para uso médico. O propósito da engenhoca era emitir maior intensidade de radiação para penetrar mais profundamente nos tecidos e com raios capazes de destruir tumores. Kaplan, inicialmente, escolheu testar o método em casos de linfoma de Hodgkin, que surge geralmente no pescoço, na axila ou no tórax, enquanto o não Hodgkin aparece em qualquer lugar do corpo. Nos anos 1970, vários pacientes que tinham a doença em estado inicial foram curados.

Avanço nos bancos de sangue
A transfusão de sangue já era um procedimento estabelecido quando eclodiu a Guerra da Coreia (1950–1953). Ainda assim, o conflito deixou sua contribuição para a medicina: a introdução das bolsas plásticas em vez dos frascos de vidro para armazenar o sangue, o que reduziu bastante as perdas ocorridas pela quebra do recipiente. Em três anos, 1,8 milhão de unidades de sangue foram disponibilizadas aos combatentes.