A tiroide é uma pequena glândula em formato de gravata-borboleta localizada na frente da laringe é responsável pela produção de dois hormônios essenciais para o bom funcionamento do organismo, essa pequena glândula contribui em grande parte para o funcionamento do nosso metabolismo. De seu bom funcionamento depende o ritmo de produção de energia dentro das células e, consequentemente, o ritmo de trabalho de todos os órgãos. Entretanto, atualmente, longe de ser um problema, qualquer alteração na tiroide é facilmente identificada e, com tratamento adequado e acompanhamento médico, os sintomas desaparecem, e a pessoa pode levar uma vida absolutamente normal.
A tiroide é responsável pela produção de dois hormônios: T3 (ou tri-iodotironina) e T4 (tetraiodotironina ou tiroxina). Eles são os responsáveis por controlar um conjunto complexo de processos que ocorrem no interior de cada célula do corpo, transformando as calorias ingeridas pelos alimentos e o oxigênio da respiração em energia necessária à manutenção das funções vitais e à realização de atividades físicas. Na quantidade adequada, esses hormônios desempenham papel importante no cérebro, no intestino, no coração, no sistema reprodutivo, enfim, em todos os órgãos do corpo, para que funcionem em harmonia. Entretanto, em algumas situações pode ocorrer diminuição da produção dos hormônios da tiróide ( hipotiroidismo ) ou excesso da produção dos hormônios ( hipertiroidismo ).
“É como se o corpo pisasse no freio ou, de repente, pisasse no acelerador”, resume Ana Hoff, endocrinologista do Fleury Medicina e Saúde. A boa notícia é que o hipo e o hipertiroidismo, geralmente, são facilmente diagnosticados por meio de dosagens hormonais no sangue e exames de diagnóstico por imagem , podendo ser, assim, rapidamente tratados.
A Medicina não conhece, ainda, todos os motivos que levam a essas alterações. Em um bom número dos casos, porém, os problemas na tiroide são provocados por doenças autoimunes . Nelas, o organismo produz anticorpos que podem atrapalhar a produção dos hormônios ou estimular a produção destes. E, justamente pela importância da sua função, o diagnóstico precoce de qualquer alteração é a melhor forma de prevenção dos distúrbios da tiroide.
Sabe-se que a frequência dos problemas nessa glândula é maior em mulheres, embora os homens também possam apresentar alterações no funcionamento da tiroide. Por isso, é recomendado, especialmente para elas,
a partir dos 50 anos, a consulta com um médico para que sejam feitas as dosagens hormonais, que podem ser obtidas com a coleta de uma amostra de sangue. Além disso, quem tem histórico familiar de doenças da tiroide deve consultar
um médico mais precocemente.
No hipotiroidismo , há deficiência na produção dos hormônios T3 e T4, que pode causar cansaço, fraqueza, intolerância ao frio, intestino preso, unhas e cabelos quebradiços e ganho de peso. Todos aqueles processos fisiológicos que aconteciam em uma velocidade normal desaceleram – o rim filtra os líquidos mais lentamente, a frequência cardíaca cai e a produção de energia por meio do metabolismo fica bem mais lenta.
Portanto, se você começar a sentir esses sintomas, procure um endocrinologista para verificar seus níveis hormonais e sua tiroide.
“O hipotiroidismo ocorre com uma freqüência de cinco a oito vezes maior em mulheres, e sua incidência tende a aumentar com a idade”, explica a médica. O tratamento é bastante simples e consiste, basicamente, na reposição dos hormônios da tiroide. “Na maior parte dos casos, eles devem ser administrados por toda a vida, e os sintomas desaparecem.”
Quando ocorre o inverso e o corpo pisa no acelerador, todos os sistemas do organismo aceleram seu ritmo de funcionamento – o coração bate mais rápido, há uma produção maior de suor, as pessoas vão ao banheiro várias vezes ao dia e tendem a perder peso, pela aceleração do metabolismo basal. “Para corrigir essa superprodução de hormônios, o tratamento inclui medicamentos que diminuam a produção e que bloqueiem sua ação”, afirma a endocrinologista Ana Hoff.
Além do hipo e do hipertiroidismo, outro distúrbio que pode ocorrer na tiroide é o achado de nódulos. Grandes ou pequenos, em pouca ou maior quantidade, na maioria dos casos eles são assintomáticos e benignos – e não influenciam o funcionamento da glândula. Por isso, os médicos ressaltam que é importante não se assustar com a presença deles e ouvir sempre a opinião de um especialista.
A identificação dos nódulos é feita por meio de um exame clínico – quando o endocrinologista palpa a região da garganta da pessoa, ou pelo ultrassom. “É possível uma pessoa – ter um ou vários nódulos, e, mesmo assim, a tiroide continuar funcionando normalmente. Somente 5% a 10% dos nódulos representam um câncer na glândula”, ressalta a assessora médica em Endocrinologia do Fleury, Rosa Paula Mello Biscolla .
Ela explica ainda que, para firmar o diagnóstico, é preciso um exame complementar após o ultrassom, que consiste em uma punção aspirativa, feita com uma agulha fina , como uma biópsia. No Fleury, o médico responsável pela realização do ultrassom e o patologista fazem juntos esse procedimento, garantindo maior precisão e confiabilidade. “Com esse exame, é obtido material do nódulo, que é analisado no microscópio. Como referido anteriormente, na maioria dos casos, o nódulo de tiroide é benigno. Nos casos em que o resultado da punção é suspeito para malignidade ou maligno, geralmente é indicada cirurgia com retirada do nódulo ou de toda a glândula. Cada caso deve ser avaliado pelo médico especialista, e fatores como idade, tamanho do nódulo e número de nódulos serão levados em consideração para que o melhor tratamento seja realizado”, completa Rosa.
Nos casos em que é necessária a retirada de toda a glândula, a reposição do hormônio é feita por meio de medicação oral, e a pessoa pode ter uma vida completamente normal.
A traquéi é uma glândula localizada ao longo da base do pescoço, na frente da traquéia. Tem cerca de 5 cm e formato de gravata-borboleta
O hipotálamo (localizado no cérebro, logo acima da hipófise) secreta o hormônio liberador de tireotropina, que faz com que a hipófise (glândula localizada no cérebro) produza o hormônio estimulante da tiroide. Essa substância, como o próprio nome sugere, estimula a tiroide a produzir hormônios, os tiroidianos, chamados T3 e T4.
Para produzir esses hormônios, a tiroide precisa captar iodo do organismo – um elemento existente nos alimentos, no sal iodado e na água. Uma vez produzidos, eles são levados pela corrente sanguínea a todas as células do corpo. Eles controlam a velocidade com que as funções químicas do organismo ocorrem (taxa metabólica).
À medida que os hormônios são usados, parte do iodo deles volta para a tiroide e é reciclado, para produzir mais hormônios.
Distúrbios: quando ela não está funcionando corretamente, pode produzir muito ou pouco hormônio, o que faz com que os sistemas do corpo desacelerem, no primeiro caso (hipotiroidismo) e se acelerem no segundo (hipertiroidismo).
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