O custo da poluição | Revista Fleury Ed. 16

Eles viraram uma febre nos supermercados e farmácias. Os sabonetes íntimos para as mulheres estão em toda parte.


Medir o que gera mais poluição, qual o seu impacto na vida de cada um e qual o custo gerado pelos problemas decorrentes do ar poluído. Este é o objetivo do Instituto de Análise Integrada de Risco Ambiental, coordenado pelo professor Paulo Saldiva, da Faculdade de Medicina da USP. De acordo com ele, os dados que serão obtidos pelo Instituto ajudarão a guiar futuras políticas públicas. Para ele, o quesito saúde deve ser considerado até mesmo na hora de definir o preço de um agente poluidor. O combustível, por exemplo, deveria ter seu valor calculado não só pelo custo de produção, processamento e distribuição, mas também pelo seu peso no aquecimento global e na poluição atmosférica. O pneumonologista do Fleury, João Marcos Salge, lembra que, em cidades como São Paulo, o impacto da má qualidade do ar pesa mais sobre as crianças e os idosos. “Um levantamento feito em 2003 mostrou que o impacto da poluição na saúde dos paulistanos custa R$ 3 milhões por ano”, relembra.