Azia e regurgitação quase sempre são reflexos da doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), que acomete cerca de 20% da população nos Estados Unidos, Europa e Brasil. Existem, ainda, sintomas atípicos como tosse, asma, pigarro ou rouquidão, que também podem indicar a doença, mas como não são tão evidentes, podem retardar o diagnóstico e ampliar o desconforto do paciente.
“O diagnóstico adequado, portanto, depende muito do conhecimento dessas várias formas de apresentação”, ressalta Ary Nasi, responsável pelo setor de Motilidade Digestiva do Fleury.
O mais novo exame para identificar a DRGE é a impedanciometria esofágica. Ao ser associado à pH-metria (impedâncio-pH-metria esofágica), o exame destaca-se, na linguagem médica, como o novo “padrão-ouro” para o diagnóstico desta doença.
Que dor é essa?
Toda vez que nos alimentamos, o esfíncter (anel) entre o esôfago e o estômago relaxa e se abre para o alimento descer. Para expulsar o ar que entrou junto com a comida, o anel também se abre. Nesses momentos, um pouco dos ácidos e enzimas do estômago sobem naturalmente pelo esôfago, mas o seu retorno é tão rápido, tão fugaz, que não sentimos. Em um dia, esse abre e fecha ocorre repetidas vezes sem nos darmos conta.
Mas quando existe uma falha no funcionamento do esfíncter, os líquidos estomacais sobem para o esôfago, o que pode provocar regurgitação e uma sensação de queimação (azia), além dos sintomas atípicos já citados.
“Por isso, a tosse crônica, persistente por mais de três meses, deve ser investigada”, orienta Nasi. Isso porque cerca de 20% desses casos têm o refluxo como origem.
Mas nem toda azia ou tosse é refluxo. Portanto, a investigação desses sintomas é importante e deve incluir uma avaliação clínica e exames complementares, se necessário. O Fleury oferece todos os exames para o diagnóstico adequado da DRGE e foi pioneiro na realização da impedâncio-pHmetria esofágica, o mais moderno deles. Nesse exame, o paciente permanece durante 24 horas, aproximadamente, com um cateter dentro do esôfago, que consegue detectar a ocorrência de refluxo ácido e não-ácido, o tipo de material refluído (líquido, gasoso ou misto) e a altura alcançada por esse material. O exame permite, ainda, analisar se as queixas apresentadas pelo paciente são decorrentes do refluxo. “Técnicas mais antigas identificam apenas o refluxo ácido, não avaliando a ocorrência de refluxo não-ácido, que também pode determinar sintomas”, explica Ary Nasi.
Uma vez confirmado o diagnóstico, a fase seguinte é o tratamento, que costuma trazer bons resultados, eliminando ou reduzindo os sintomas. “Mas não é só remédio”, explica o gastroenterologista do Fleury. O tratamento indicado deve abranger três pontos bastante importantes:
1) Medicação para diminuir a acidez e auxiliar no esvaziamento gástrico;
2) Dieta, evitando alimentos que relaxam ainda mais o esfíncter, como os gordurosos e as bebidas alcoólicas;
3) Orientação comportamental. “O paciente tem que saber, por exemplo, que o excesso de peso favorece o refluxo e que atividades físicas mal orientadas também podem ser prejudiciais”, diz Ary Nasi.
Estão abertas as inscrições para o processo seletivo do Programa de Fellow em Dermatoscopia e Mapeamento Corporal 2025 do Grupo Fleury.
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