Conviver com uma doença crônica com tranqüilidade é possível, mas exige cuidados constantes. É preciso sempre estar atento e, por vezes, mudar alguns hábitos.
Conviver com uma doença crônica com tranqüilidade é possível, mas exige cuidados constantes. É preciso sempre estar atento e, por vezes, mudar alguns hábitos. Cerca de 59,5 milhões de brasileiros convivem com pelo menos uma doença crônica, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2008, divulgada em março deste ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa apontou também que a doença crônica mais comum entre os brasileiros é a hipertensão. Pensando neste público, os especialistas do Fleury Medicina e Saúde listaram cinco perguntas que uma pessoa com hipertensão deve se fazer para sentir-se sempre bem e saudável.
Como deve ser a minha alimentação?
O cuidado mais importante que o hipertenso precisa ter é com a ingestão de sal. ""Hipertensos devem ingerir até 5 g de sal por dia”, recomenda a enfermeira Rosana Schneider, coordenadora do Programa de Gestão de Doenças Crônicas do Fleury Medicina e Saúde. ""Não é necessário reduzir o consumo a zero, até porque muitos alimentos já vêm salgados, mas é preciso estar atento"", diz a enfermeira. O sal é uma das maiores fontes de sódio, um elemento que cumpre funções importantes no organismo, mas precisa ser ingerido com moderação para não prejudicar a pressão arterial. O valor recomendado de ingestão diária de sódio é em torno de 2 g. É importante prestar atenção a esse dado nos rótulos dos alimentos industrializados, já na gôndola do supermercado.
Em casa, há muitas maneiras de se reduzir o consumo de sal sem que a comida fique sem graça. Além de cozinhar com menos ou nenhum sal, vale a pena investir na substituição por outros temperos, como cebola, alho, temperos verdes e ervas. Mas preste atenção nestas trocas, principalmente se os temperos forem e industrializados. A maioria contém sódio na composição. Na hora do preparo da comida, o apoio familiar é outro ‘condimento’ importante, já que não é muito prático cozinhar a comida do hipertenso à parte. ""Por isso, é melhor colocar o sal no prato"", recomenda Rosana.
Fora de casa, o controle fica mais difícil. Em boa parte dos restaurantes, é possível pedir que a comida venha sem sal. Em lugares em que o cliente faz seu prato, a dica é comer mais salada e temperar o prato à mesa, mas sem exageros.
Outro cuidado importante é com a ingestão de água. Em alguns casos, o hipertenso precisa até controlar a quantidade de líquido que toma. É preciso consultar o médico para que a avaliação seja feita caso a caso.
E, por fim, se o hipertenso tem quilinhos a mais que o normal, é preciso pensar em uma dieta para redução de peso. ""Vários estudos mostram que essa redução tem um impacto significativo na pressão arterial"", lembra Rosana. Em muitos casos, isso já significa reduzir a medicação para o controle da pressão, além de diminuir o risco de outras complicações, até as cardiovasculares.
Pratico atividades físicas adequadas ao meu perfil?
""Todo hipertenso pode fazer atividade física"", diz a enfermeira Rosana Schneider. O ideal é manter um hábito regular de, pelo menos, uma caminhada de 30 minutos, cinco vezes por semana. A prática ajuda na redução de peso e de pressão, além de trazer bem-estar geral ao hipertenso. “Ele se sente mais ativo e ganha uma circulação mais efetiva”, diz Rosana. Em casos de hipertensão mais grave, porém, é preciso liberação médica para a prática de qualquer atividade. É o médico quem vai acompanhar o estado de saúde da pessoa, adaptar a medicação, e se for o caso, indicar o tipo e freqüência de atividade adequados.
Tenho visitado meu médico regularmente?
Mais importante que medir a pressão de tempos em tempos, é consultar o médico com regularidade. ""O estresse com a medição pode até atrapalhar o tratamento"", diz Rosana. O médico é quem deve orientar quando é necessário medir a pressão. Quando avalia o hipertenso, ele investiga não só o valor da pressão, mas também a redução de peso, uso da medicação, o valor de índice de massa corporal (IMC), ou seja, todo o contexto de saúde da pessoa. Preocupado em medir a pressão, o hipertenso pode acabar deixando de cuidar dos outros fatores que favorecem a boa convivência com a doença.
Tenho tomado a medicação corretamente?
Nem todo hipertenso precisa tomar remédio para controlar a pressão arterial. Quem determina essa necessidade é o médico. ""Em graus mais leves, é possível fazer o controle com dieta, controle do peso e atividade física"", diz Rosana. Mas, sendo necessário, é importante seguir rigorosamente a indicação médica.
Um dos principais problemas da hipertensão é que se trata de uma doença em geral assintomática. A pessoa não sente nada característico até que o problema já esteja em estágio avançado. ""Ouve-se que a pessoa tem dor de cabeça, cansaço, peso nas pernas, palpitação, mas não necessariamente esses sintomas estão relacionados com a hipertensão"", alerta Rosana. Essa ausência de sintomas faz com que muitos hipertensos diminuam a medicação por conta própria uma vez que a sensação de bemestar aumente. Por isso, é importante seguir a orientação médica à risca.
A hipertensão arterial pode levar a alguma complicação?
Sim. Entre as possíveis complicações da hipertensão estão o acidente vascular cerebral (o AVC), a doença arterial coronariana, que pode culminar com o infarto, a insuficiência cardíaca, a insuficiência renal, e as doenças vasculares periféricas, como obstruções de vasos em membros inferiores, por exemplo. Todas elas são preocupantes porque podem gerar incapacitação. Daí a importância do acompanhamento médico adequado desde o diagnóstico.
Estão abertas as inscrições para o processo seletivo do Programa de Fellow em Dermatoscopia e Mapeamento Corporal 2025 do Grupo Fleury.
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