Sempre inquietos | Revista Fleury Ed. 38

Andamos por aí conectados em nossos celulares o tempo todo, pulando de um post a outro, de uma notícia a uma conversa, de uma piada à polêmica do momento.

Andamos por aí conectados em nossos celulares o tempo todo, pulando de um post a outro, de uma notícia a uma conversa, de uma piada à polêmica do momento. Podemos parecer pessoas muito interessadas e antenadas. Mas os entrevistados desta edição nos mostram que estarmos interessados em nosso próprio quintal, ainda que ele seja fascinante, não basta. Não bastou a Marcelo Tas, que ousou querer conhecer o Brasil e, da aeronáutica, foi parar no mundo da comunicação. Também não foi suficiente para Neide Rigo, que segue buscando ingredientes e técnicas em outros quintais.

Esta edição é um convite para espiar fora da bolha. Descortinar o que há além, seja provando uma comida diferente, arriscando uma leitura-surpresa aqui, incluindo uma pitada de novidade ali, seja investigando como é que nossa cabeça funciona e experimentando quebrar padrões. Até as máquinas podem aprender coisas novas, como nos mostra o Watson, a inteligência artificial que ajuda os médicos no trabalho de diagnosticar. Mas a curiosidade e a inquietude ainda são essencialmente humanas.

Que tal alimentar essa natureza e se provocar a ter a cabeça sempre aberta para o novo? É um caminho por vezes arriscado, como nos lembra Christian Dunker. Exige disposição para lidar com o desconhecido, com o conflito, com o que pode ser desagradável descobrir. Mas certamente nos ajuda a melhorar, como pessoas, sempre.


Boa leitura!