Solidariedade | Revista Fleury Ed. 18

O Fleury Medicina e Saúde desenvolveu um projeto especial para estimular funcionários de empresas que desejam abandonar de vez o cigarro.

Mensalmente, José de Sá se prepara para sair da rotina diária e fazer algo diferente. Funcionário da área de Tecnologia da Informação do Fleury Medicina e Saúde, Sá dedica uma parte do seu tempo ao projeto Gestação, uma parceria entre o Fleury e o Centro Assistencial Cruz de Malta, que oferece apoio pré-natal a grávidas da região do Ja­baquara, bairro da zona sul de São Paulo. “Sempre fui muito feliz em minha vida e acho que assim eu consigo contribuir para que outras pessoas também experi­mentem a felicidade”, revela.

Este não é o primeiro projeto de que Sá participa. “Por algum tempo, tam­bém dei aulas de tecnologia da informa­ção para crianças da região”, conta, or­gulhoso. A dedicação a essas iniciativas começou há cerca de oito anos, quando o Fleury decidiu realizar um programa de voluntariado empresarial. Na época, a empresa mapeou projetos e aplicou pes­quisas para descobrir quem estava dis­posto a ajudar com atividades nas áreas de Educação e Saúde. “Como sei que te­nho conhecimento, quis contribuir nos dois campos de atuação”, conta Sá.

“É a satisfação em ajudar o próximo que faz com que o trabalho voluntário valha a pena”, acredita. E ele tem razão. Para serem efetivas, as tarefas escolhi­das devem ser prazerosas; caso contrá­rio, elas podem acabar se tornando uma pesada obrigação. “É preciso muito com­prometimento, respeito e empatia para ajudar o próximo”, afirma Silvia Maria Louzã Naccache, coordenadora de orga­nizações sociais do Centro de Volunta­riado de São Paulo. O voluntário também deve avaliar se consegue conciliar esse tipo de trabalho com suas outras ativi­dades. “Tem que ser algo prático, perto de casa e focada em coisas em que você tenha experiência. Não pode ser algo que dificulta a vida”, comenta Sá.

Embora as festas de fim de ano esti­mulem um maior volume de doação de alimentos, brinquedos e ações sociais di­versas, o voluntariado deve ser valoriza­do em qualquer época do ano. “É sempre uma grande oportunidade para que as pessoas reconheçam o seu papel de agen­te transformador”, ressalta Silvia. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que 338 mil fundações privadas e associações sem fins lucrativos estavam registradas no Brasil em 2005. A pesquisa apontava que, das 519.152 pessoas que atuavam nessas entidades, 53,4% eram voluntários.

A especialista explica que esse tipo de ação contribui não só para o desenvolvi­mento pessoal, mas de toda a sociedade. “O voluntariado ajuda a formar líderes ca­pazes de construir famílias mais felizes, empresas mais saudáveis, comunidades mais solidárias, além de contribuir para o enfrentamento da exclusão social e para a consolidação da cidadania participativa.”