Atualmente, a sorologia tem sido considerada como um método auxiliar para o diagnóstico da infecção pelo SARS-CoV-2. Sua utilização pode ser importante para diagnosticar pacientes que tiveram a infecção, mas apresentaram poucos ou nenhum sintoma, mapear a circulação do vírus e a exposição da população, e identificar pessoas que já foram naturalmente imunizadas e, portanto, poderiam interromper as medidas de isolamento social.
A sorologia diz respeito à mensuração da quantidade de anticorpos no soro (parte líquida do sangue) de uma pessoa que está ou esteve infectada.
O teste de sorologia deve ser realizado pelo menos 10 dias após o aparecimento dos sintomas característicos da COVID-19. A interpretação do resultado deve ser realizada com cautela pelo médico solicitante, levando em consideração os sintomas do paciente, o histórico clínico e os resultados obtidos do exame de RT-PCR (se houver). É importante ressaltar que, embora os testes disponíveis tenham demonstrado bom desempenho quando avaliados com amostras de pessoas que tiveram formas graves da doença, seu papel em pessoas que não apresentaram sintomas ou tiveram formas leves ainda não foi completamente estudado. É possível, por exemplo, que a produção de anticorpos ocorra de maneira mais tardia (ou mesmo não ocorra) nessas pessoas, podendo haver resultados negativos de sorologia mesmo em casos previamente confirmados por PCR.
Anticorpos são proteínas – denominadas imunoglobulinas – produzidas pelo sistema imunológico contra um agente invasor. Sua função é reconhecer, neutralizar e marcar antígenos, isto é, componentes dos agentes infecciosos, para que o nosso organismo os elimine. Dessa forma, existe um ou mais anticorpos específicos para cada antígeno e, consequentemente, para cada micro-organismo causador de infecção. Ao longo da vida, o nosso corpo desenvolve uma série anticorpos, pertencentes a diversas classes, dentre as quais destacam-se as imunoglobulinas da classe M (IgM) e as da classe G (IgG), que são detectadas na maioria dos testes sorológicos.
É exatamente por esse caráter único que é possível identificar a presença de anticorpos para o SARS-CoV-2 nas pessoas que já foram infectadas pelo vírus. Os anticorpos da classe IgM podem ser encontrados nas fases iniciais da doença; já a presença dos anticorpos da classe IgG é indicativa de que já decorreu algum tempo desde a infecção e de que a pessoa provavelmente desenvolveu imunidade contra a doença. O que ainda não sabemos, entretanto, é o grau de proteção conferido pela IgG contra SARS-CoV-2 e se essa imunidade será permanente ou não.
Tabela explicativa de como funcionam IgM e IgG:
| IgG Negativa | IgG Positiva |
IgM Negativa | Nunca teve infecção pelo vírus e provavelmente é suscetível a ele | Teve infecção anteriormente (há pelo menos 3 semanas) e está possivelmente imunizado (em grau e por tempo desconhecidos) |
IgM Positivo | Provável infecção recente. Como, em alguns casos, pode haver resultados falsos-positivos de IgM, é importante repetir o exame após 7 dias para verificar o surgimento de IgG e confirmar a infecção | Infecção recente (possivelmente há menos de 3 semanas) |
É importante ressaltar que o tempo de aparecimento desses anticorpos é variável de pessoa a pessoa e parece ser influenciado pela gravidade do quadro clínico. Além disso, resultados falsamente positivos ou negativos podem ocorrer em diversos contextos, sobretudo quando as amostras são coletadas antes de 14 dias após o início da doença. Desse modo, a correta solicitação e interpretação dos resultados é fundamental.
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