Aplicativos para smartphone que ajudam a dormir melhor
por Rafael Andrade
Quem tem um smartphone sabe que existe aplicativo para tudo – redes sociais, fotos, mapas, jogos, receitas, esportes, contagem de calorias. Entre os gadgets de maior sucesso, estão aqueles que dão força extra para solucionar um problema que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), afeta 45% das pessoas: a insônia, definida pela International Classification of Sleep Disorders (ICSD) como dificuldade para pegar no sono ou se manter dormindo.
O publicitário Peter Geres, de 33 anos, faz parte dessa estatística. “Passo as noites em claro sempre que tenho alguma preocupação ou quando há coisas da empresa para serem resolvidas”, revela. Para tentar driblar o problema, ele instalou no smartphone um programa que se propõe a melhorar a qualidade de vida dos insones (veja quadro na página seguinte). Boa parte desses apps busca evitar interrupções em momentos importantes do sono REM (movimentos oculares rápidos) e NREM (sem movimentos oculares rápidos, subdividido em quatro etapas, conforme o sono se torna mais profundo). A NREM compreende o período inicial de sonolência e relaxamento dos músculos. É quando acontece, por exemplo, a liberação dos hormônios do crescimento. Já na REM há uma atividade cerebral mais intensa e ocorrem os sonhos. A maioria dos adultos saudáveis tem de cinco a seis ciclos de sono por noite. “Dormir pouco e mal, em longo prazo, compromete as capacidades de memória e atenção. Além disso, a insônia pode provocar alteração dos níveis de colesterol no organismo e deixar o indivíduo mais propenso a engordar”, afirma a neurofisiologista clínica Rosana Cardoso Alves, médica responsável pelo exame de polissonografia no Fleury Medicina e Saúde.
A experiência de Peter com os aplicativos que ajudam na difícil tarefa de dormir sem sobressaltos é positiva. Mas ele chama a atenção para uma armadilha escondida no meio de tanta tecnologia. “Ter o celular ou o tablet perto da cama pode ser uma furada. Se você está sem sono, a primeira coisa que faz é mexer no celular. E aí perde o sono mesmo”, alerta o publicitário.
Outras técnicas
Se deixar o aparelho eletrônico ao alcance das mãos pode trazer problema em vez de solução, talvez valha a pena apelar para técnicas mais simples. O comunicólogo Marcelo Stoppa, de 36 anos, enfrenta dificuldades para dormir desde criança.
“Nunca tive um horário de ir para a cama. É um hábito mesmo. Ficava assistindo a filmes com a minha avó até de madrugada. Naquela época, meus pais também chegavam tarde do trabalho. A noite era o período que tínhamos para conviver”, conta. Até pouco tempo atrás, ele só conseguia adormecer quando estava “muito esgotado”. Agora, tem usado técnicas de relaxamento como alternativa para chamar o sono. “É um ritual mesmo. Não posso ficar com nenhuma luz acesa e preciso deixar os problemas do lado de fora do quarto. Aprendi a ir desacelerando.” Fazer atividades físicas também o ajudou. “Eu tinha melhor qualidade de sono quando me exercitava”, lembra.
Segundo a neurofisiologista Rosana, além de contar com os aplicativos de smartphone como aliados para relaxamento, as técnicas utilizadas por Marcelo funcionam muito bem. “É preciso tornar o ambiente em que se dorme o mais agradável possível, sem ruídos desagradáveis. Não deixe o quarto se transformar em escritório. E tente diminuir o estresse”, sugere. Músicas e sons que auxiliam a relaxar também podem ajudar a adormecer. Mas, se o problema persistir, é preciso procurar um médico.
Aplicativos para celular
Sleep Cycle
Por meio de uma funcionalidade do iPhone que identifica a mudança de posição do aparelho, o programa registra os movimentos do usuário na cama. Ele calcula o momento de sono mais leve para soar o alarme, numa janela de até 90 minutos. Em tese, isso pode evitar interrupção de um sonho – e os efeitos disso durante o dia.
Gratuito para iOS.
Magic Sleep
App para iPhone e Android que ajuda o usuário a adormecer mais rápido ao recriar os sons de um dos ambientes mais confortáveis para o ser humano – o ventre.
Custa a partir de US$ 4,99.
Sleep As Android
Registra os ciclos de sono e acorda o usuário durante o sono leve, usando alarmes com sons da natureza em volume gradual. Oferecem históricos e estatísticas de débito de sono, grava ronco e conversas noturnas.
Disponível para Android, custa R$ 5,02.
Nature Sounds / Relax and Sleep
App para Android, também simula sons da natureza. Tem barulho de ondas do mar, de pássaros e de floresta.
Pode ser baixado gratuitamente.
Sleepmaker Rain
Sabe aquele barulhinho da água batendo no telhado que faz dormir gostoso? Esse app traz a gravação de sons de chuva, em looping.
Também é grátis e está disponível para iOS e Android.
Polissonografia em casa
A polissonografia é normalmente solicitada pelos médicos para pacientes que se queixam de insônia. Para o exame, são instalados sensores no corpo que monitoram simultaneamente diversas funções eletrofisiológicas durante o sono. O procedimento não é invasivo e dura uma noite. As informações captadas por esses sensores são armazenadas em um computador e, depois, um especialista avalia os dados e faz o laudo.
Antes era preciso dormir na clínica para fazer o monitoramento. Hoje em dia ele pode ser feito de forma mais confortável, em casa, por meio do Atendimento Móvel do Fleury Medicina e Saúde. Uma equipe se dirige à residência do cliente, instala os equipamentos de medição na pessoa e, no dia seguinte, retorna para retirar os aparelhos.
Marcelo costuma usar técnicas de relaxamento tradicionais para chamar o sono
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