Abuso do sol pode resultar em lesões pré-cancerígenas de pele no idoso | Revista Médica Ed. 8 - 2008

Mais comuns em pessoas claras, as queratoses actínicas podem ser tratadas pela terapia fotodinâmica, sem necessidade de intervenções invasivas.

A pele, como qualquer órgão do corpo, sofre um envelhecimento natural no decorrer dos anos, o qual provoca mudanças estéticas óbvias. A esse processo se soma também o desgaste causado pela exposição diária ao sol e às agressões ambientais, dando origem a rugas, manchas, flacidez e outras alterações.

Queratose actínica em região do couro cabeludo

Em particular, os indivíduos de pele clara e que tomaram muito sol ao longo da vida apresentam grande propensão, na maturidade, ao desenvolvimento de lesões de pele precursoras de câncer. Entre as mais comuns estão as queratoses actínicas, encontradas principalmente nas regiões expostas do corpo, tais como face, orelhas e área calva. Um fato curioso é que essas lesões, que têm uma textura áspera e, por vezes, cor avermelhada, são mais perceptíveis pelo tato do que pela visão. Classificadas como pré-cancerígenas, as queratoses actínicas podem evoluir para carcinomas, razão pela qual devem ser combatidas.

A terapia fotodinâmica é uma opção moderna e efetiva para o tratamento dessas lesões e de alguns tipos de câncer de pele em idosos, uma vez que destrói as células neoplásicas sem necessidade de recorrer a intervenções cirúrgicas, nem sempre indicadas nessa população, seja pela falta de boas condições clínicas, seja pela presença de fatores que dificultam o ato cirúrgico, como uso de marca-passo ou de anticoagulantes.

Os índices de cura com esse procedimento se assemelham aos obtidos com outros métodos e raramente há restrições à sua aplicação, que pode ser feita em ambiente ambulatorial.

Confira aqui mais detalhes sobre o uso da terapia fotodinâmica no tratamento de lesões de pele pré-cancerígenas e cancerígenas.