Diagnóstico molecular de dengue | Revista Médica Ed. 1 - 2004

A PCR em tempo real permite detectar a doença com precisão no começo de sua fase sintomática.

A PCR em tempo real permite detectar a doença com precisão no começo de sua fase sintomática.

O Brasil, nos últimos anos, foi assolado por uma epidemia de dengue que ainda não está controlada, a despeito da queda nos índices de infecção verificada em 2003. Tanto é assim que os quatro sorotipos da doença que afetam o homem já foram detectados no País.
Procurando atender a essa demanda, o Fleury desenvolveu um teste molecular para dengue, empregando a metodologia de PCR em tempo real, que amplifica o RNA viral de forma seletiva em amostras de plasma.
A nova tecnologia utiliza reagentes fluorescentes em um equipamento que, por ser dotado de um sistema óptico especial, possibilita o monitoramento da reação de amplificação em tempo real. A detecção da viremia, aplicável aos quatro diferentes sorotipos do vírus, é feita no período sintomático da infecção e antecede a produção dos anticorpos específicos. Tais características permitem o diagnóstico definitivo da dengue por qualquer sorotipo, com elevada sensibilidade e sem as limitações que cercam a sorologia

Vantagens e limitações dos recursos laboratoriais para o diagnóstico de dengue
Sorologia (IgG e IgM):
• Só se mostra positiva para IgM após o quinto dia de infecção aguda;
• Necessita de uma segunda amostra para determinar a conversão da IgG;
• Tem sua interpretação dificultada em casos de indivíduos previamente infectados pelo vírus da dengue.
PCR em tempo real:
• Apresenta resultado positivo já no início da fase sintomática;
• Faz o diagnóstico por meio de uma única amostra;
• Diagnostica a dengue mesmo em situações de reinfecção.
Isolamento do vírus:
• Identifica o sorotipo, o que tem importância epidemiológica;
• É uma técnica trabalhosa, disponível apenas em laboratórios de pesquisa;
• Requer alguns dias para ser concluído.